A Suzuki dá uma reviravolta a um dos seus modelos mais populares de sempre com o lançamento, em Milão, duma inédita variante que dá entrada ao mundo 100% eléctrico da insígnia nipónica.
Não significa que o actual modelo como motorizações mild hybrid e 100% híbridas saia do portefólio, ele que foi recentemente actualizado para prolongar o seu tempo de vida nos próximos anos.
As diferenças mais visíveis entre ambos, para além das soluções motrizes bem diferenciadas, está mesmo no desenho mais SUV coupé da proposta eléctrica.
O novíssimo eVitara toma como base o eVX Concept estreado em Janeiro do ano passado mas com linhas mais suaves nos 4,28 metros que tem de comprimento por 1,80 de largura e 1,64 de altura.
A área frontal até pode parecer algo clássica, principalmente no que diz respeito às ópticas, mas um olhar mais atento percebe as suas formas singulares.
A traseira tem uma concepção tão banal como o que a concorrência mais directa oferece, apenas realçado pela faixa luminosa na porta da bagageira a ligar "piscas" e farolins.
É quando visto de lado que se percebe a postura mais atlética, com os resguardos plásticos das portas e dos arcos das rodas para acomodar jantes em liga leve de 18 ou 19 polegadas.
Os 2,70 metros que separam ambos os eixos fazem adivinhar um espaço razoável a bordo para cinco ocupantes, mas sem serem avançados dados para a capacidade do porta-bagagens.
Um painel digital "desalinhado" decora o posto de condução, com visor da instrumentação a ter 10,25 polegadas e o ecrã multimédia a ser apenas de 10,1 polegadas.
As proeminentes saídas de ar no tabliê dão uma aparência de robustez, reforçada por uma consola central nada discreta onde estão o selector de marchas e os modos de condução, para além doutros comandos.
Os acabamentos dos estofos dos bancos aparentam ser de qualidade mas os painéis laterais não escondem o uso de plásticos rijos nos revestimentos das portas.
A nova plataforma HearTect-e para modelos eléctricos, desenvolvida com a Toyota, serve de base ao eVitara que equipa grupos motopropulsores designados como eAxle.
A entrada na gama faz-se com um motor de 106 kW (144 cv) e 189 Nm passados às rodas dianteiras, tendo como "alimentador" uma bateria LFP de 49 kWh.
A versão de 128 kW (174 cv) e 189 Nm, também de tracção dianteira, acolhe uma bateria LFP de 61 kWh, sendo a mesma para a variante com o sistema de tracção integral AllGrip-e.
Esta "especialidade" da construtora apoia-se em dois propulsores, com o principal de 128 kW (174 cv) montado no eixo dianteiro, e o segundo de 48 kW (65 cv) no eixo posterior.
Potência e binário totais chegam aos 135 kW (184 cv) e 300 Nm, reguláveis através dos modos de condução, onde não falta o Trail pensado para avançar a baixa velocidade em pisos complicados.
No segredo dos deuses fica a autonomia das três versões mas, mesmo assim, aventa-se uma distância bem superior a 400 quilómetros para o modelo com a bateria de 61 kWh e duas rodas motrizes.
O Suzuki eVitara sobe na Primavera à linha de montagem da fábrica indiana de Gujarat, prevendo-se para o verão a sua chegada à Europa.
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