O Ford Kuga recebe uma bem-vinda (e forte) revitalização que não se resume apenas à estética por fora e por dentro mas também à tecnologia e à mecânica.
A caminho da electrificação total, a insígnia aposta nas variantes híbridas plug-in e 100% híbridas, sem abandonar uma versão puramente a gasolina.
Fora da gama, no entanto, fica a opção diesel, seguindo a tendência da maior parte das marcas generalistas.
Campeão de vendas no catálogo da Ford, o Kuga sofreu uma renovação exterior muito feliz, que o coloca a par dos seus principais rivais.
A dianteira em tudo idêntica ao "irmão" americano Escape ganha uma grelha mais elaborada com o logótipo ao centro, com novos faróis unidos por uma barra luminosa LED.
Atrás as mudanças são mais subtis mas percebe-se que o pára-choques foi renovado, assim como a assinatura luminosa dos farolins.
Esta evolução estética diferencia-se segundo a variante em questão – Titanium, ST-Line e ST-Line X –, a que se soma a inédita Active.
Tal como em outros modelos da Ford que já dela beneficiam, a versão destaca-se pelo visual mais robusto e aventureiro, reflectido nos novos pára-choques.
Essa ideia fica ainda mais vincada na grelha frontal pronunciada, à conta das barras verticais mais largas com acabamento em preto brilhante.
A grelha inferior também é diferente, assim como a placa de protecção traseira, somando-se ainda as novas jantes em liga leve de 18 ou 19 polegadas.
A altura ao solo subiu 10 mm à frente e 5 mm para atacar melhor trilhos sem alcatrão.
O modo de condução Trail altera o controlo de tracção e a resposta do acelerador para manter a dinâmica em pisos de areia ou lama.
É difícil ver grandes mudanças dentro do habitáculo do Kuga, para lá dos novos revestimentos e decorações específicos para cada nível de equipamento.
No campo da tecnologia, a principal novidade está na integração do sistema de infoentretenimento SYNC 4 no novo ecrã táctil de 13,2 polegadas.
Além da navegação conectada à "nuvem", com actualizações remotas para outros sistemas, admite a ligação sem fios ao Apple CarPlay e Android Auto.
Também beneficia de apoios ao condutor de última geração, como a velocidade de cruzeiro adaptativa e câmaras a 360 graus.
A iluminação Dynamic Pixel LED usa os dados de navegação e a câmara montada no pára-brisas para "ler" os sinais de trânsito e adaptar os "máximos".
No campo das motorizações, a Ford decidiu não renovar o bloco diesel de 2.0 litros sob o capô desta nova safra.
A gama arranca no EcoBoost a gasolina de 1.5 litros com 150 cv, e sem qualquer electrificação, alinhado com uma caixa manual de seis relações.
Seguem-se as variantes 100% híbridas de 2.5 litros, disponível na tracção às duas rodas com 180 cv, ou na tracção integral com 183 cv.
Ambas as versões contam com uma bateria de 1,1 kWh que permite operar em modo puramente eléctrico até 64% do tempo em condução urbana.
A versão híbrida plug-in é suportada pelo mesmo bloco de 2.5 litros para 243 cv de potência combinada.
Para este valor contribui um propulsor eléctrico de maior dimensão e uma transmissão automática power-split melhorada.
Tal evolução permite-lhe acelerar em 7,3 segundos dos zero aos 100 km/hora, "roubando" quase dois segundos à versão que agora substitui.
A bateria mantém-se nos 14,4 kWh de capacidade para uma autonomia totalmente eléctrica até 69 quilómetros.
O Ford Kuga chega ao mercado europeu ainda antes do final de Janeiro, ficando por saber os preços de cada versão e nível de equipamento.
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