Gordon Murray, o "pai" do McLaren F1, acaba de apresentar o seu mais recente superdesportivo, o T.50.
Desenhado para ser o superdesportivo mais puro, mais leve e mais focado no condutor de sempre, o T.50 pode ser visto como uma abordagem moderna ao McLaren F1, que ainda hoje é considerado um dos automóveis mais fantásticos de sempre.
A imagem radical "grita" velocidade e parece ter sido esculpida pelo vento. As portas abrem para os lados e a cobertura do motor, com duas enormes janelas em vidro, abre para cima. Bem no centro do tejadilho está situada uma tomada de ar que não passa despercebida e que fornece ar ao motor V12 naturalmente aspirado.
Mas a traseira é, sem margem para dúvidas, a secção mais futurista deste modelo e a culpa é da enorme ventoinha que, de acordo a Gordon Murray Automotive, ajuda a reduzir a resistência ao vento em 12.5% e acrescenta mais 50 cv de potência ao conjunto. A somar a tudo isto, esta ventoinha ainda ajuda a reduzir as distâncias de travagem e aumenta a força descendente em até 100%.
A aerodinâmica revolucionária do conjunto só fica completa com o enorme difusor traseiro, com os painéis activos montados por baixo no chassis para ajudar a encaminhar o ar e claro, pelos "spoilers" activos traseiros.
Dentro do habitáculo, e tal como acontecia no McLaren F1, destaca-se a posição de condução central, com um banco de passageiro em cada um dos lados. Não existe qualquer consola central, por culpa desta configuração do habitáculo, e em vez disso temos um braço flutuante à direita do banco do condutor que acomoda vários comandos e a alavanca da caixa de velocidades.
Nas laterais existem pequenos monitores que transmitem a imagem das câmaras laterais e ao centro, atrás do volante, está montado um manómetro em alumínio e dois ecrãs.
Tudo neste modelo pode ser personalizado, desde os acabamentos até à posição do volante, dos pedais e claro, do banco do condutor, que pode ser feito à medida, para garantir a melhor posição de condução possível.
Quanto ao motor que anima este superdesportivo, trata-se de um V12 de 3.9 litros que produz 663 cv e 467 Nm de binário máximo. Este bloco, naturalmente aspirado, é construído pela Cosworth, chega às 12.100 rpm e foi desenhado para ser "o V12 de estrada mais leve e mais rápido a responder de sempre". Este motor está associado a uma caixa manual de seis velocidades que pesa apenas 80.5 quilos.
A empresa de Gordon Murray não revelou os números que este modelo é capaz de atingir, até porque defende que não está "à caça de potência ou de velocidades", mas uma vez que pesa menos que um Mazda MX-5 – apenas 986 kg – é de esperar que os seus registos sejam impressionantes.
A produção do T.50 será limitada a apenas 100 exemplares e haverá uma rede de serviços distribuída por Abu Dhabi, Japão, Estados Unidos e Reino Unido. A Gordon Murray Automotive promete ainda um serviço chamado "técnicos voadores", que fará com que os especialistas da marca possam viajar para todos os mercados onde este modelo for vendido e possam reparar um eventual problema.