Demorou mas valeu a pena a espera: já está na "rua" o novíssimo Ioniq 9 da Hyundai, um SUV capacitado para sete ocupantes e com uma autonomia eléctrica combinada a bater nos 620 quilómetros.
Revelado esta quinta-feira no salão automóvel de Los Angeles, por fora é inegável a sua postura robusta mas com uma área frontal muito futurista, como já acontecia no protótipo do qual evoluiu.
Por dentro é o espaço a destacar-se, como já acontecia no Kia EV9 com quem partilha a plataforma e a mecânica, como se o SUV tivesse sido projectado como uma espécie de monovolume.
Com 5,06 metros de comprimento por 1,98 de largura e 1,79 de altura, o colosso eléctrico que é o Hyundai Ioniq 9 estará, sem dúvida, entre os SUV de maior porte no mercado europeu.
As superfícies laterais muito direitas, apenas entrecortadas pelos arcos das rodas salientes, combinam-se com um capô musculado e uma dianteira original quanto baste.
O tom futurista é dado pela faixa pixelizada em LED e pelas ópticas verticais, enquanto os pilares em arco do pára-brisas justificam um coeficiente aerodinâmico de 0,26.
O tejadilho desce de forma suave até uma traseira quase vertical, para maximizar o espaço a bordo, ladeada pelas barras verticais pixelizadas que juntam os "piscas", e as luzes de presença e de travagem.
Espaço para a bagagem não faltará ao poder contar-se com 620 litros de capacidade, que sobem até aos 1.323 litros com a terceira fila rebatida.
Há ainda um compartimento de arrumos sob o capô, com 88 litros se for a versão com tracção traseira, baixando para os 52 litros se for a variante com tracção integral.
Sim, o espaço a bordo é enorme quanto baste como justificam os 3,13 metros a separar ambos os eixos para acomodar os sete bancos reclináveis aquecidos, ventilados e com massagem dinâmica.
A habitabilidade a bordo é reforçada pelo piso plano, com os bancos da segunda fila a poderem girar 180 graus para trás para criar uma sala de estar ou mesmo um espaço de trabalho durante a viagem.
O arranjo do tabliê é semelhante aos das propostas eléctricas mais recentes da Hyundai, com um painel curvo a juntar a instrumentação de 12 polegadas e o ecrã multimédia com a mesma medida.
Funções como a climatização, rádio e outros atalhos de aplicações têm direito às suas teclas físicas para uma melhor ergonomia, estando ainda disponível um assistente vocal apoiado pela inteligência artificial.
As imagens das câmaras traseiras são exibidas em visores OLED de sete polegadas enquanto o carregador de telemóveis por indução é ventilado.
Tendo como base a mesma plataforma E-GMP do Kia EV9, a equipar o Ioniq 9 está uma bateria de iões de lítio NMC com 110,3 kWh de capacidade.
E tendo uma arquitectura eléctrica de 800 volts, está concebida para carregar de dez a 80% da sua capacidade em 24 minutos num carregador ultra-rápido de 350 kW em corrente contínua.
Na variante com um propulsor traseiro de 160 kW (218 cv) e 350 Nm, poder-se-á contar com uma autonomia combinada até 620 quilómetros, a fazer fé nas informações da Hyundai.
O consumo médio ronda os 19,4 kWh/100 km desde que esta proposta esteja equipada com jantes de 19 polegadas, com o sprint até aos 100 km/hora a fazer-se em 9,4 segundos.
A versão Long Range com tracção integral soma um motor dianteiro de 70 kW (95 cv) e 255 Nm para uns globais 230 kW (313 cv) que o levam em 6,7 segundos dos zero aos 100 km/hora.
O topo de gama é assumido pelo Performance AWD com dois propulsores de 160 kW que somam uma potência conjunta de 320 kW (435 cv).
Embora não tenham sido indicadas autonomias para estas duas variantes, a mais potente cumpre os zero aos 100 km/hora em 5,2 segundos, com a velocidade de ponta a ser de 200 km/hora nas três versões.
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