A Honda está mais empenhada do que nunca na electrificação da sua gama e confirmou recentemente que toda a sua gama na Europa terá algum tipo de electrificação até 2022.
A ofensiva electrificada da marca foi reforçada com três novos modelos que foram esta semana apresentados pela fabricante nipónica no nosso país. O novo Honda e, o primeiro automóvel de produção totalmente eléctrico da marca, lidera este "ataque", mas os novos híbridos Jazz e:HEV e Crosstar e:HEV , que nós já conduzimos, também são nomes a ter em conta.
Até 2022, e de forma a cumprir com o objectivo a que se propôs, a Honda promete lançar no mercado quatro novos modelos electrificados. Será desta que vamos ter um Civic Type R híbrido? Tudo indica que sim.
Lançado em 2001, o Honda Jazz soma já mais de 22.500 unidades vendidas em Portugal e agora, na quarta geração, quer continuar a dar cartas, recorrendo para isso a um interior renovado e muito tecnológico e a um sistema híbrido e:HEV que promete consumos baixos e uma utilização muito suave.
Atrás, na segunda fila de bancos, há espaço suficiente para que dois adultos possam viajar de forma muito confortável. Não faltam os já tradicionais bancos mágicos que oferecem ainda mais versatilidade a um modelo que apresenta uma bagageira com 304 litros de capacidade, que podem crescer até aos 1.205 litros com os bancos traseiros rebatidos.
A animar este Jazz híbrido está um motor a gasolina i-VTEC de 1.5 litros e dois motores eléctricos compactos, que surgem combinados com uma bateria de iões de lítio. Uma caixa e-CVT envia a potência na totalidade para as rodas do eixo dianteiro e faz com que este Jazz seja capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 9,5 segundos e chegue aos 175 km/h de velocidade máxima.
A Honda anuncia consumos combinados de 4,6 l/100 km emissões médias de CO2 de 88 g/km, de acordo com o ciclo WLTP. Mas durante este percurso pelas ruas da capital portuguesa, e com o AC quase sempre ligado, conseguimos fazer uma média de 3,8 l/100 km, um registo muito interessante, já que andámos quase sempre em cidade.
Do ponto de vista dinâmico, e sabendo que este é um compacto com muito poucas pretensões neste campo, importa dizer que a afinação da suspensão faz com que este Jazz seja ágil e até chegue a ser divertido de conduzir. Para isto muito contribui a disponibilidade imediata do binário, a boa visibilidade (novos pilares A são mais finos) e claro, a fantástica pega do volante de dois braços com inspiração retro.
Disponível apenas na versão Executive, o novo Honda Jazz e:HEV já está disponível no mercado com preços a começar nos 25.500 euros com campanha.
O Honda Crosstar assenta na mesma plataforma do Jazz e isso faz com que estes dois modelos tenham muito em comum, a começar na imagem. Porém, o Crosstar apresenta-se como uma proposta muito mais aventureira, algo que fica visível nas protecções das cavas das rodas, nos pára-choques mais proeminentes e nas barras de tejadilho. As jantes de 16’’ polegadas prateadas e pretas também ajudam a criar uma maior sensação de robustez.
Com um desenho interior em tudo semelhante ao do "irmão" Jazz, o Crosstar destaca-se por ser ligeiramente mais amplo e espaçoso. E neste capítulo, não há outra forma de o dizer: deixa alguns rivais de maiores dimensões algo envergonhados, tal o espaço interior que tem para oferecer.
As sensações ao volante são muito positivas e próximas das que sentimos aos comandos do Jazz. A culpa é, em parte, da plataforma que ambos os modelos partilham e claro, do sistema e:HEV que assenta no mesmo bloco a gasolina de 1.5 litros e nos mesmos dois motores eléctricos.
A potência total de 109 cv, enviada em exclusivo às duas rodas dianteiras, pode impulsionar este Crosstar até aos 100 km/h em 9,9 segundos e a uma velocidade máxima de 173 km/h. Aqui, e como seria de esperar, o Crosstar perde para o Jazz, que é ligeiramente mais leve, mas não vê os consumos médios e as emissões muito prejudicadas: a Honda reclama emissões de CO2 desde 110 g/km (WLTP) e consumos combinados de 4,8 l/100 km. E se com o Jazz conseguimos médias de 3,8 l/100 km, com o Crosstar - durante pouco mais de 20 quilómetros - não fomos além dos 4,0 l/100 km.
Com uma capacidade de carga da bagageira de 298 litros (pode ir até aos 1.199 litros com os bancos traseiros mágicos rebatidos), o Crosstar também só está disponível na versão Executive e tem preços a começar nos 28.500 euros com campanha.
Para ambos os modelos, a Honda Portugal preparou uma campanha de 4 mil euros de desconto que visa premiar todos os clientes da marca no nosso país. Na compra de um destes modelos, se conseguir provar que tem um Honda, tem acesso a uma campanha de desconto de 4 mil euros. E não precisa de entregar o carro antigo.
Também presente neste evento da ofensiva electrificada da Honda estava o Honda e, o primeiro automóvel eléctrico de produção da fabricante japonesa.
Os preços arrancam nos 36 mil euros para a versão base e nos 38.500 euros para a versão Honda e Advance.
Este é um dos carros mais importantes de sempre da Honda e para Jorge Costa, Brand Manager da Honda Portugal, tem tudo para deixar marca. "O Honda e representa algo mais" e pode ser visto como "um virar de página da marca", começou por dizer. "Tem potencial para ser um ícone e para vir a tornar-se numa referência dentro da Honda. É a entrada a sério da Honda na electrificação a nível global", atirou.