Se o Mercedes EQS já tinha espantado pelas suas capacidades tecnológicas e de desempenho, a variante SUV deverá agradar ainda mais aos admiradores pelas suas linhas mais convencionais.
Construído sobre a mesma plataforma EVA em que é construída a berlina, assim como o EQE e o seu futuro "irmão" crossover, tem nos Audi e-tron, Tesla Model X e BMW iX os seus principais concorrentes.
Aliás, segundo a insígnia germânica, o novo "eléctrico" de luxo oferece as melhores características já presentes no EQS, o que não é propriamente uma surpresa.
Embora no que respeita às dimensões sejam muito semelhante, o SUV destaca-se pela altura da carroçaria de 1,72 metros.
O comprimento chega aos 5,13 metros e a largura aos 1,96 metros, mantendo os 3,21 metros de distância entre eixos.
Quando seleccionado o modo Off-Road, a distância ao solo aumenta para 20 centímetros mas baixa automaticamente os 2,5 centímetros a mais se se ultrapassar os 80 km/hora.
Auxiliar importante são as rodas traseiras direccionais num ângulo até 4,5 graus, para melhor estabilidade a velocidades elevadas ou para facilitar as manobras no tráfego urbano.
Há a opção de actualizar o sistema por via remota para atingir um nível de viragem de dez graus.
Capaz de transportar até sete pessoas, as variantes e respectivas motorizações do SUV são as mesmas da berlina mas com diferenças na entrega de potência.
O EQS 450+ é proposto com 265 kW (360 cv) e 568 Nm, com o único motor eléctrico a debitar mais 27 cv às rodas traseiras.
A principal diferença está mesmo na autonomia dada pela bateria de 107,8 kWh: 660 quilómetros contra os 743 quilómetros que permitiram à berlina fazer a Nacional 2 de Chaves a Faro há poucas semanas.
O EQS 450 4MATIC ganha dois motores eléctricos a darem tracção às quatro rodas, mantendo a mesma potência mas subindo o binário para os 800 Nm, com a autonomia a ficar-se nos 613 quilómetros.
Mais dinâmico é o EQS 580 4MATIC: são 400 kW (544 cv) de potência (mais 21 cv do que na berlina) e 858 Nm, com a autonomia a ser igual à do EQS 450 4MATIC.
A bateria é recarregável a uma potência máxima de 200 kW, o que significa que é possível "ganhar" mais 250 quilómetros de autonomia em apenas 15 minutos.
Com o carregador de 11 kW em corrente alternada, que é de série, são necessárias dez horas de espera, que passam para metade se se optar pelo de 22 kW.
Espaço a bordo é o que não falta neste Mercedes EQS, agora na modalidade SUV, sendo capaz de transportar até sete pessoas com boa comodidade.
A bagageira chega aos 195 litros de capacidade, que sobe para 645 até um máximo de 880 litros, se rebatida a terceira fila de bancos.
O Hyperscreen a toda a largura do tabliê mantém-se como a estrela dos modelos mais evoluídos da Mercedes mas apenas como equipamento opcional.
Dentro do habitáculo arejado, chama de imediato a atenção o tejadilho panorâmico de série, a que se juntam as fragrâncias ambientais e um sistema de som que gera uma experiência acústica a 360 graus.
Em relação aos equipamentos, a Mercedes oferece como opção a enorme tela Hypescreen, que ocupa todo o painel.
Inclui ainda faróis LED de série, visor head-up com realidade aumentada no pára-brisas, e actualizações remotas do computador como padrão.
Controlo de velocidade de cruzeiro activo, aviso de pontos cegos, alerta de manutenção de faixa, e assistentes de travagem automática e de estacionamento são algumas das valências tecnológicas do SUV.
Embora não tenham sido divulgados os preços para cada um das variantes, as encomendas para o Mercedes EQS SUV deverão abrir no Verão, com as primeiras entregas a acontecerem antes do final deste ano.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?