Quatro anos após chegar ao mercado, o Mitsubishi Eclipse Cross é alvo de uma profunda renovação estilística que o torna quase irreconhecível face ao modelo original.
E, como principal novidade, abandona os motores puramente térmicos e substitui-os por uma motorização híbrida plug-in, com uma potência combinada de 188 cv e uma autonomia eléctrica até 55 quilómetros.
Proposto apenas no nível de equipamento eMotion, estão já abertas as encomendas no nosso país para o SUV a partir de 46.728 euros.
Com 4.545 mm de comprimento por 1.805 mm de largura e 1.685 mm de altura, o SUV cresceu 140 mm, mas a distância entre eixos mantém-se nos 2.670 mm.
O centro de gravidade também baixou em 30 mm, com uma distribuição do peso de 55% à frente e 45% atrás.
Em termos de evolução estética, encontra-se no Eclipse Cross a linguagem Dynamic Shield, que se podem encontrar no seu antecessor, mas agora com um espírito mais arrojado.
A frente é profundamente agressiva, marcada por uma grelha de grandes dimensões em favo de mel, sublinhada por detalhes cromados.
Os grupos ópticos em LED e o pára-choques também são novos, dando ao SUV um tom bem mais robusto na estrada.
As laterais são também mais largas, com as cavas das rodas, emolduradas por aros em plástico preto, a acolherem novas jantes em liga leve de 18 polegadas.
A linha do tejadilho, marcada pelas barras em preto, mergulha para uma traseira mais clássica mas também mais equilibrada, suportada por um novo pára-choques.
A visibilidade foi melhorada com um novo óculo de peça única, envolvido de forma fluida pelos novos farolins traseiros em forma de T, que se prolongam pelo pilar C.
O interior do Eclipse Cross foi também objecto de uma remodelação, mais contida mas com uma atmosfera mais desportiva.
A arquitectura do tabliê estreada na versão original foi mantida, tendo como ponto de partida uma linha horizontal que divide as funções em "informação" na parte superior e "controlo" na área inferior.
Destacam-se as extensões em fibra de carbono e preto piano no painel de instrumentos, volante, consola central e painéis das portas, bem como os acabamentos prateados.
No painel de instrumentos, o conta rotações deu lugar a um mostrador específico, com o ponteiro a indicar o modo de condução.
Quando o motor de combustão entra em funcionamento, informa qual a potência em kilowatts que está em uso. Sobre o painel de instrumentos mantém-se o visor head-up.
Ao centro está o ecrã táctil multimédia de oito polegadas, onde é estreado o novo Smartphone-link Display Audio (SDA).
O condutor acede agora mais facilmente às informações e funcionalidades do sistema, compatível com AppleCar Play e Android Auto, através de dois botões rotativos.
Logo abaixo estão os comandos de climatização com uma nova configuração, para tornar o seu manuseio mais fácil e intuitivo.
Atrás do banco traseiro, a bagageira beneficiou directamente do novo design traseiro, ao ver a sua capacidade a subir para os 328 litros ou 1.108 com os bancos rebatidos, que, entretanto, perderam a função de deslizamento.
A alimentar o Mitsubishi Eclipse Cross está um bloco a gasolina de 2.4 litros do ciclo Atkinson, com 98 cv e 211 Nm, auxiliado por dois motores eléctricos que dão ao SUV tracção integral.
O primeiro, colocado no eixo dianteiro, debita 60 kW (82 cv) e 137 Nm, enquanto o segundo, ligado às rodas traseiras, oferece 70 kW e 195 Nm.
A potência combinada chega aos 188 cv e o binário aos 193 Nm, para uma velocidade máxima de 162 km/hora e consumos por cada 100 quilómetros em redor dos dois litros.
A bateria de 13,8 kWh, que permite uma autonomia até 55 quilómetros é recarregável até 80% em 25 minutos a 22 kWh. Através de uma wallbox, a 16 amperes, esse tempo sobe para as quatro horas.
A condução do Eclipse Cross alterna entre três modos de gestão específicos – eléctrico, híbrido em série e híbrido paralelo –, geridos de forma automática pelo sistema.
Como complemento, dispõe ainda de um selector para o condutor adaptar a gestão ideal da tracção integral – Eco, Normal, Snow, Gravel e Tarmac – às condições da estrada.
Durante a condução, a propulsão do veículo é assegurada principalmente pelos dois motores eléctricos. O bloco a gasolina só actua quando as condições de condução ou o estado de carga o exigem.
Em modo 100% eléctrico, a velocidade máxima fica limitada aos 135 km/hora, com o SUV a ser impulsionado pelos dois propulsores eléctricos.
Já no modo híbrido em série, o motor de combustão entra em funcionamento para, através do gerador, carregar a bateria de tracção, voltando a propulsão ao modo 100% eléctrico tão depressa quanto possível.
O modo híbrido paralelo tem o motor de combustão a ser activado a velocidades superiores a 135 km/hora. O sistema está programado para regressar ao modo híbrido em série ou eléctrico quando se baixa daquela velocidade.
O motor de combustão está também programado para fornecer energia eléctrica à bateria de tracção através do gerador, recorrendo ao binário excedentário.
Esta gestão automática dos modos de condução permite um consumo médio de 2,0 litros/100 km e emissões de 46 g/km de dióxido de carbono segundo o ciclo WLTP.
O condutor pode ainda intervir em outras situações ao seleccionar o modo Save para manter a carga da bateria, ou o modo Charge para carregá-la.
Através das patilhas no volante pode regular até seis níveis a recuperação de energia para a bateria de tracção nas travagem e nas desacelerações.
O Eclipse Cross, com o equipamento eMotion, é proposto de série com faróis e luzes de nevoeiro, câmara traseira, visor head-up, bancos em pele e Alcântara, com os da frente aquecidos, cruise control e limitador de velocidade, e ar condicionado automático bi-zona.
Mitigação de colisões frontais e de aceleração acidental, alerta de saída de faixa, assistência e sinalização de travagem de emergência, "máximos" automáticos, controlo de estabilidade e tracção, e leitura de sinais de trânsito são alguns dos sistemas de segurança e apoio à condução que incorpora de origem.
O SUV é proposto a partir de Junho por 53 mil euros, mas beneficia de uma promoção especial para particulares que o colocam a partir de 46.728 euros.
Para as empresas, está em vigor uma campanha que o colocam nos 32.990 euros, a que se soma o IVA.
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