As encomendas para a nova geração da Ford Ranger só abrem no final do ano, mas a marca americana avança já com as novas funcionalidades que caracterizam a pick-up.
Para conseguir as soluções mais práticas e inteligentes, a Ford envolveu proprietários de anteriores versões para colaborarem na concretização de um modelo mais versátil.
Uma das principais questões incidiu na maneira como é utilizada a caixa de carga da nova Ford Ranger, seja para uso profissional ou apenas para lazer.
Com uma capacidade superior a 1.200 litros, a caixa de carga é agora 50 mm mais larga, o que permite acomodar uma palete de padrão europeu entre os arcos das rodas. O comprimento varia dos 1.638 e os 2.305 mm, segundo a versão.
Para facilitar o acesso à caixa de carga, foram criados degraus de ambos os lados. Instalado foi igualmente um sistema de iluminação na caixa de carga para facilitar o carregamento ou descarregamento dos materiais.
A iluminação de zona pode ser controlada a partir do interior do veículo através do ecrã táctil multimédia ou da aplicação FordPass 2 para telemóvel.
Uma combinação de faróis, projectores exteriores, luzes de matrícula e iluminação da caixa de carga pode ser configurada para iluminar zonas específicas ou uma área de 360 graus em redor da pick-up.
O portão traseiro pode desdobrar-se numa bancada de trabalho móvel para pequenas tarefas no momento.
Dois pontos de ancoragem, criados para o efeito, ajudam a fixar madeiras ou outros materiais de trabalho, enquanto uma régua está embutida no portão traseiro.
A nova Ford Ranger dispõe ainda, como opção, de tomadas de 12 volt e de um inversor de 400 watts para ligar uma larga variedade de equipamentos eléctricos.
O novo estrado da caixa de carga possui pontos de localização para instalar divisórias funcionais em madeira, que podem ser feitas à medida em casa.
Uma calha interna, com cunhos ajustáveis por mola em cada lado da caixa, permite a configuração de presilhas e pontos de fixação, adaptáveis a cada tipo de carga.
Já as calhas de fixação externas oferecem uma flexibilidade adicional ao facilitar o uso de cintas e de cordas para prender a carga.
As versões Wildtrak, por seu lado, estão equipadas com extrusões de alumínio que se transformam em calhas com pontos de fixação ao longo de toda a caixa de carga.
As calhas fixas no tejadilho, que são de série, permitem instalar acessórios nessa área, incluindo barras ou plataformas de carga, até um peso máximo de 350 quilos.
A Ford Ranger estará disponível com mais de 150 acessórios homologados de fábrica, mas outras soluções podem ser incluídas.
Entre elas conta-se um espaço adicional sob o capô para uma segunda bateria, bem como um painel de interruptores auxiliares.
Já pré-instalados, os dispositivos facilitam a montagem de barras de luz, guinchos, ou conversões mais complexas, como estruturas basculantes e equipamentos de reboque.
Esteticamente, a nova Ford Ranger mostra um estilo mais robusto, que não esconde as suas semelhanças com a bem americana F-150.
Anunciado como a geração mais capaz de todos os tempos, a pick-up adopta novos padrões de conforto, tecnologia e capacidade.
Uma barra horizontal sobre uma grelha de radiador de larga dimensão liga os novos faróis LED com assinatura luminosa em C, sendo opcionais com tecnologia Matrix LED.
O capô profundamente esculpido assenta como uma luva numa carroçaria musculada e quase sem curvas suaves.
É um visual que em nada a separa da geração que vai substituir, percebendo-se um aumento de 50 mm na largura de vias e na distância entre eixos.
É na traseira que se percebe uma evolução mais significativa, patente nos farolins e na porta da caixa de carga, bem como no novo pára-choques com degraus laterais.
Não deixa de ser uma pick-up de trabalho, com um piscar de olhos ao lazer, mas a nova Ford Ranger ganhou a bordo linhas mais fluidas e novos trunfos tecnológicos.
O volante e o tabliê são bem mais modernos, e a consola central dispõe de um seleccionador de funções mais minimalista. Os materiais dos estofos dos bancos e os revestimentos laterais são também de melhor qualidade.
O painel de instrumentos passa a ser digital e o ecrã táctil multimédia, de 10,1 ou 12 polegadas, ganha o novo sistema SYNC4, actualizável por via remota.
Através dele é possível acompanhar a linha de transmissão, e os ângulos da direcção e de rodagem. E, através da aplicação FordPass, pode-se dar à ignição e travar ou destravar remotamente a pick-up.
Serão três as motorizações turbodiesel da Ford Ranger, já a contar com o novíssimo e potente bloco V6 de 3.0 litros, e as duas EcoBlue de 2.0 litros da anterior geração, com um ou dois turbocompressores.
A variante com um único turbo estará disponível em dois tipos de configuração, enquanto a variante biturbo é anunciada como uma opção mais sofisticada, que combina desempenho e eficiência de consumos.
Numa fase posterior, será incluída uma motorização híbrida plug-in a gasolina, embora não tenham sido adiantados pormenores.
As opções de motor e de transmissão variam de acordo com o mercado, mas a Ranger será oferecida com três caixas de mudanças diferentes. Além da manual de seis velocidades, haverá transmissões automáticas de seis ou dez relações.
Serão propostos dois sistemas de tracção diferentes às quatro rodas, com o primeiro a ter uma configuração electrónica de mudança rápida, e o segundo a ser permanente.
A nível mecânico, o chassis foi actualizado, com as rodas dianteiras a estarem mais à frente para um melhor ângulo de aproximação.
Os amortecedores da suspensão traseira também foram recalibrados para um maior conforto no alcatrão e nos pisos fora de estrada.
As encomendas para a nova Ford Ranger abrem no final deste ano, com as entregas a acontecerem no início de 2023. Preços e variantes disponíveis para o nosso país não foram ainda adiantados.
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