Audi A7 Sportback é o "tiro de partida" para um 2018… de loucos!

A Audi está em ritmo de "velocidade furiosa" a renovar toda a sua gama, um pouco ao seu estilo de evolução contínua mas sem cortes radicais com o passado, tendo apresentado hoje a nova geração do A7 Sportback. A berlina desportiva de luxo que, segundo a marca, junta o melhor de três mundos, oferecendo o estilo de um "coupé", o espaço de uma requintada berlina e a… versatilidade de uma carrinha, graças ao enorme portão traseiro e à bagageira que varia entre os 535 e os 1390 litros.

O presidente da marca, Rupert Stadler, colocou em evidência a estratégia delineada em Ingolstadt e até revelou o que nos espera para 2018! "Estamos a rejuvenescer toda a gama, a uma velocidade nunca vista na nossa companhia. Em 2018 teremos inúmeras, começando pelo seguiremos o A6 [comercialização a partir de Junho], seguindo-se o Q3, o A1 e o Q8, antes de lançarmos nosso primeiro carro com propulsão eléctrica, o e-tron quattro".

Stadler renovou duas promessas já feitas: "Entre 2020 e 2025 teremos 20 modelos electrificados ou eléctricos na nossa gama e, nessa altura, teremos atingido também o nosso objectivo de liderar o mercado de SUV, pois metade da nossa gama será composta por SUV. Temos, por isso, um ambicioso plano de produto que só nos pode deixar orgulhosos".

Mas, hoje, o "rei da festa" era o A7 Sportback que se apresentou com uma "roupagens" renovadas, com destaque não só para a grelha que lhe dá uma outra agressividade, mas também para a traseira em que há uma notável atenção ao detalhe, com o lábio da asa que se eleva automaticamente acima dos 120 km/h a prolongar-se pelo pára-choques traseiro, até às cavas das rodas posteriores. Isso confere um visível dinamismo àquela zona que é animada, quando se abre ou fecha o carro, pelos jogos de luzes permitidos pela tecnologia OLED utilizada nas ópticas traseiras.

O responsável do "design", Marc Richter, explicou detalhadamente o caminho feito até se chegar a este A7 que, à primeira vista, pode nem parecer muito diferente do antecessor mas que, analisando os detalhes, se percebe que inaugura uma nova linguagem de estilo na marca de Ingolstadt. A evolução discreta como a Audi tanto gosta… "Na literatura o prólogo tem a função de nos dar uma ideia do que se vai seguir no livro. Se se recordarem, em 2014, em Los Angeles, apresentámos o ‘concept’ Prologue que mostrava as nossas futuras linhas de ‘design’. Que se concretizam neste carro que tem tudo a ver com desportivismo e estilo, é a essência da nossa nova filosofia de ‘design’, é a nova forma de um Gran Turismo".

Mais em detalhe, Richter destacou a grelha que é um símbolo da Audi e que só um olhar mais desatento não percebe que está sempre a mudar de modelo para modelo. "Este A7 tem a grelha ‘single frame’ mais baixa que nunca e, fundamental para um bom ‘design’, as proporções perfeitas, com rodas grandes e uma forma de carroçaria tão esguia que parece que o próprio carro exibe a tecnologia que contém. Mas a minha parte favorita é a traseira que será verdadeiramente dominante quando estiver na estrada".


Tecnicamente, o A7 Sportback é muito semelhante ao novo A8, o "navio-almirante" da marca que chegará ao mercado nacional em Novembro. Utiliza a mesma plataforma MLB Evo (também comum ao Audi Q7), o que significa que recebe todas as tecnologias já presentes no A8 podendo também estar preparado para ter condução autónoma do Nível 3 – por exemplo, o carro fazer tudo sozinho em engarrafamentos até aos 60 km/h –, quando a legislação o permitir. Além disso, poderá contar com a suspensão activa e todas as muitas ajudas à condução, baseadas num complexo sistema que recebe informações de câmaras, radares e sensores ultra-sónicos para conseguir vigiar tudo o que se passa, em permanência, 360º à volta do carro.

Terá igualmente o sistema de quatro rodas direccionais, mas em Portugal estará na lista das opções, ao contrário do que sucede no A8 onde é oferecido no equipamento de série. O novo A7 Sportback chegará ao nosso mercado em Fevereiro, começando com os dois motores V6 3.0, o gasolina TFSI de 340 cv e o Diesel TDI de 286 cv. A nova plataforma permitiu ainda que esta geração do A7 fosse uns bons quilos mais leve que a sua antecessora, melhorando a dinâmica e contendo consumos e emissões

O interior é também muito semelhante ao do A8, com pequenas diferenças, como as saídas da ventilação mais visíveis, o volante específico e todo o arranjo do interior das portas. Mas o essencial mantém-se, como sejam todos os comandos concentrados nos dois grandes ecrãs tácteis no centro da consola (10,1’’ o de cima, 8,6’’ o de baixo) que têm uma característica específica muito interessante: obrigam a que se carregue com alguma força, a meio caminho entre o simples toque num ecrã e o carregar num botão, para que não se operem quaisquer funções desprevenidamente. À frente do condutor pode estar ainda o enorme ecrã de 12,3’’ do Audi virtual cockpit que pode exibir todo o mapa do sistema de navegação, com os mostradores do velocímetro e conta-rotações em ponto pequeno.

O espaço para pernas do A7 Sportback, não sendo o do A8 (tem menos 7 cm entre os eixos), continua a ser bastante desafogado, mantendo este modelo como uma berlina topo de gama, embora com outra versatilidade. Nomeadamente pelo grande portão traseiro de funcionamento eléctrico a dar acesso à já referida bagageira de generosas dimensões! Numa altura em que a Mercedes também se prepara para apresentar a nova geração do CLS, desta vez foi a Audi que se adiantou com o novo A7 Sportback, mas a luta prevê-se intensa!