Já foi revelado o novo Série 7 da BMW e, a abrilhantar a gama, está a inédita variante i7 totalmente eléctrica.
Esta berlina chega ao nosso país em Dezembro, com um preço de partida de 146.850 euros.
Desta vez, a marca bávara optou por uma renovação estética radical do seu topo de gama que o aproxima do visual do BMW X7, pelo menos à frente.
Novidade mesmo é que o novo Série 7 deixa de ser proposto com carroçarias convencional e longa.
Será apenas uma, com 5,39 metros de comprimento, superando os 5,26 metros da variante mais comprida da anterior geração.
A distância entre eixos, com 3,20 metros de comprimento, é residualmente mais comprida do que o modelo que agora substitui.
Todavia, essa alteração reflecte-se na maior capacidade da bagageira, que passa a variar entre os 500 e os 540 litros.
Dos equipamentos exclusivos fazem parte o BMW Theatre Screen, um ecrã táctil de 31,3 polegadas com resolução 8K.
A ele somam-se o sistema BMW iDrive com o ecrã BMW Curved Display, e a assistência em manobras que realçam a inovação da berlina.
Os motores térmicos a gasolina e a gasóleo dispõem agora de tecnologia mild hybrid de 48 volt, a que se junta a opção híbrida recarregável.
A grande novidade da gama, no entanto, está no inédito BMW i7, primeira proposta totalmente eléctrica do Série 7.
A dianteira vertical, marcada pela característica grelha da marca com a moldura iluminada, ganha outro impacto com a nova interpretação estética dos faróis.
O conjunto superior integra as luzes diurnas e as laterais, assim como os "piscas".
As ópticas principais, logo abaixo, estão encaixadas num pequeno recesso do pára-choques.
As laterais quase não têm curvas ou vincos, com a palavra de ordem a ser dada pelas superfícies planas
A traseira foi totalmente revista, com os farolins montados na parte superior do pára-choques.
De resto, o visual mantém-se bastante convencional face às propostas dos rivais da Mercedes e da Audi com que irá lutar no segmento de luxo a que se destina.
As jantes em liga leve têm desenhos específicos de acordo com as suas dimensões, que variam entre as 19 e as 22 polegadas.
Outra novidade é a possibilidade de se poder optar pela carroçaria com dois tons cromáticos.
A nível mecânico, dispõe de série a suspensão pneumática com amortecedores adaptativos.
Quando activado o modo Sport ou quando circula a velocidades superiores a 140 km/hora (120 km/hora no BMW i7), é reduzida em 1 cm a altura ao solo.
E, pelo toque num botão, é possível elevar a suspensão em 20 mm para ultrapassar rampas de acesso à garagem ou passar as lombas das passadeiras.
Opcionais são as rodas traseiras dirigíveis, que reduzem o raio de viragem em 0,8 metros, e o pacote anti-rolamento activo.
Se equipado com o pacote profissional de assistência à condução, o Série 7 será capaz de auto-conduzir-se até uma velocidade máxima de 130 km/hora.
Mais do que o exterior, o habitáculo revela um ambiente muito requintado e futurista imposto pelo BMW Curved Display.
O visor curvo junta o painel de instrumentos de 12,3 polegadas e o ecrã táctil de infoentretenimento de 14,9 polegadas com o sistema iDrive 8.
A ambos soma-se a estreia do visor head-up de realidade aumentada no pára-brisas nesta Série 7.
Logo abaixo, destaca-se uma faixa a toda a largura do tabliê que alberga as saídas de ar e diferentes funções de iluminação.
Através deles é possível fazer chamadas telefónicas através do sistema de som da berlina, mudar a posição dos bancos ou mesmo a luz ambiente.
O volante multifunções evoluiu e dispõe agora de novos comandos hápticos enquanto a consola central e o selector de marchas foram redesenhados.
Os modos de condução foram revistos, de acordo com a versão da berlina, com as funções Efficient, Sport, Expressive, Relax, Digital Art, Theatre e Personal.
Se a Mercedes avançou com o visor Hyperscreen à frente nos seus modelos mais luxuosos, a BMW respondeu com um ecrã gigante… mas para os ocupantes dos bancos atrás.
O BMW Theatre Screen consiste num ecrã panorâmico 32:9 de 31,3 polegadas com qualidade 8K.
O seu controlo é feito através dos pequenos ecrãs tácteis de 5,5 polegadas instalados nos painéis laterais das portas traseiras.
A complementá-lo está um sistema áudio Bowers & Wilkins com 18 altifalantes, incluindo saídas de som nos encostos de cabeça.
Aliás, para maior usufruto, é possível solicitar a configuração especial Executive Lounge, com poltronas com maior reclinação, ventilação e massagem.
A BMW tinha anunciado que a variante 100% eléctrica seria a que teria mais e melhor capacidade de desempenho da nova linha do Série 7.
Certo é que o BMW i7 xDrive60 oferece 400 kW (544 cv) de potência e 745 Nm de binário, extraídos de dois motores eléctricos que permitem a tracção integral.
Será esta a primeira proposta porque, previsto para meados de 2023, está o "ponta de lança" M70 xDrive com 660 cv de potência.
A velocidade máxima está limitada a 240 km/hora, bastando-lhe 4,7 segundos para acelerar dos zero aos 100 km/hora.
O consumo oscila entre os 18,4 e os 19,6 kWh/100 km, com a bateria de 101,7 kWh a permitir uma autonomia de 590 a 625 quilómetros.
A potência máxima de recarregamento chega aos 195 kW, o que significa que bastam 34 minutos para carregá-la de dez a 80%.
Entre outros elementos de segurança e assistência à condução, o BMW i7 equipa de série o alerta de colisão frontal e assistente de marcha-atrás.
O detector de tráfego assinala o trânsito que se aproxima pela esquerda, como num cruzamento urbano, e peões e ciclistas ao virar à direita.
À parte do BMW i7, a gama do Série 7 terá motorizações térmicas convencionais com hibridação suave de 48 volt, sem esquecer as opções híbridas plug-in.
Todavia, exceptuando a versão a gasóleo, os motores a gasolina de seis e oito cilindros ficam de fora do Velho Continente.
O BMW 740d xDrive, que chega em Janeiro, tem a alimentá-lo um bloco diesel de 3.0 litros e seis cilindros com 300 cv e 650 Nm.
Potência e binário são passados às quatro rodas através de uma transmissão automática de oito relações.
Só na Primavera de 2023 é que chegam as variantes híbridas plug-in, com o bloco a gasolina de 3.0 litros.
O propulsor térmico é combinado com um motor eléctrico de 200 cv e 280 NM instalado na caixa de velocidades.
O BMW 750e xDrive assegura 490 cv e 700 Nm, mas estes números são suplantados pelo M 760e xDrive.
Primeiro híbrido de ligar à ficha da divisão M, coloca no solo 571 cv de potência e 800 Nm de binário máximos.
Uma bateria de 18,7 kWh assegura uma autonomia até 80 quilómetros, com o carregamento a 7,4 kW a fazer-se em menos de três horas.
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