Será o DS4 um actor de peso para os concorrenciais segmentos dos modelos hatchback e crossover de luxo, principalmente os que têm insígnias alemãs?
Tudo indica que sim ou não aliasse este SUV, apresentado ao mundo esta quarta-feira, o requinte da alta-costura francesa às tecnologias mais evoluídas de segurança e apoio à condução.
A chegada ao mercado acontece no último trimestre deste ano, sem terem precisados a data e o preço para cada variante.
Comecemos pela linha estilística fluida, que não esconde o ar robusto e francamente desportivo do DS4 que, para além do modelo base, é ainda proposto nas variantes Cross e na dinâmica Performance Line.
Construído sobre uma reformulada plataforma EMP2, que também serve de base aos Peugeot 308 e 3008, apresenta-se com 4.400 mm de comprimento por 1.830 de largura e 1.470 mm de altura, tendo a bagageira uma capacidade 440 litros nas três versões.
As luzes diurnas, colocadas nas laterais a toda a altura do pára-choques, que emoldura a grelha do motor, são ousadas no estilo quanto baste, assemelhando-se a duas pernas e prolongando-se numa espécie de pé.
A encimá-las e a dominar toda a área frontal estão três ópticas LED afiladas, que são de série em todos os níveis de equipamento.
Visto de perfil, atenta-se de imediato na suave linha descendente do tejadilho, que termina sobre a porta da bagageira adornada por farolins horizontais delgados, mas escondida sobre uma destacada asa superior traseira.
Esse ar desportivo é reforçado por jantes em liga leve de 19 polegadas, que podem ser trocadas opcionalmente por um jogo de 20 polegadas.
A pintura metalizada, que também é de série, é proposta em sete tonalidades, com especial realce para o cinzento lacado e o ouro bronzeado.
Para o interior do DS 4, os estilistas apostaram na combinação de materiais nobres como a pele, Alcantara, madeira e até fibra de carbono forjado, com as variantes Cross e Performance Line a ganharem ambientes específicos.
O fluxo de ar no habitáculo foi optimizado com a nova tecnologia DS Air, com as saídas integradas no tabliê de forma muito discreta.
O novo sistema de infoentretenimento DS Iris System, proposto num ecrã táctil de dez polegadas redesenhado para máxima personalização, baseia-se nas tecnologias de controlo de voz e de gestos, à semelhança com o que já acontece com o MBUX da Mercedes.
E, como a marca faz questão de sublinhar, o DS4 representa não é apenas um exemplo no que respeita à qualidade dos acabamentos, mas também um compromisso da marca para limitar o seu impacto ambiental.
Significa isso que 95% dos materiais usados no crossover são reutilizáveis, e 85% das peças são recicláveis, quando um terço dos componentes usados na sua fabricação é reciclado.
Tecnologias avançadas não faltam no DS 4, a começar por um visor head-up que projecta no pára-brisas, com uma diagonal de 21 polegadas (DS Extended Head-Up Display), todas as informações essenciais ao condutor.
Além disso, oferece uma condução autónoma de nível 2, que permite ultrapassagens feitas em modo semi-autónomo e ajusta a velocidade em curva, à semelhança do que já equipa o DS 3 Crossback, DS 7 Crossback e DS 9, e controlo de cruzeiro adaptativo com função Stop & Go.
A suspensão activa, inédita no segmento, controlada por uma câmara atrás do pára-brisas e por quatro sensores, faz o ajuste automático do amortecimento segundo o perfil da via.
Também os novos "radares" laterais permitem monitorizar tudo o que rodeia o DS4, evitando situações iminentes de colisão.
O sistema DS Night Vision, com uma câmara de infra-vermelhos na grelha do motor, detecta à noite peões, animais e outros obstáculos na estrada, e "transporta" a informação para o visor head-up no pára-brisas.
Serão três os motores a gasolina para o DS4, complementados por um propulsor a gasóleo e uma versão híbrida plug-in, e todas elas equipadas com uma transmissão automática EAT de oito velocidades.
O cartão de visita é exactamente a variante electrificada de ligar à "ficha", denominada DS4 E-Tense, composta por um bloco turbo de 1.6 litros e quatro cilindros, de 180 cv e 300 Nm.
A ele está aliado um motor eléctrico de 80 kW (110 cv) com 320 Nm para uma potência combinada de 225 cv e 360 Nm de binário máximo passados ao solo pela transmissão e-EAT8.
A bateria de 12,4 kWh permite uma circulação superior a 50 quilómetros em modo 100% eléctrico.
No campo da gasolina é proposto um motor turbo PureTech com potências de 130, 180 e 225 cv, e no gasóleo o Blue HDI com 130 cv.
Será preciso aguardar até Outubro, para quando está prevista a chegada do DS4 aos concessionários europeus, para saber os preços para cada versão.
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