Há um novo Renault Espace a chegar e não, não são recuperadas as formas que o monovolume inaugurou em 1983.
A sexta geração revelada esta terça-feira converte-se num SUV de dimensões generosas e apenas com uma motorização híbrida de 200 cv.
Espaço a bordo não irá faltar: proposta com três níveis de equipamento, pode ser configurado com cinco ou sete lugares.
Construído sobre a mesma plataforma CMF-CD em que é montado o Austral, são inegáveis as semelhanças com o Carro do Ano 2023 no nosso país.
E essa ideia está bem patente na área dianteira, distinguindo-se por uma grelha mais refinada com as barras verticais.
A traseira, no entanto, é bem diferente, com mais nervuras no seu desenho, embora mantenha a filosofia dos novos modelos da Renault.
O visual robusto é realçado pelos acabamentos escurecidos nas molduras dos vidros, assim como nas saias laterais e nas cavas das rodas.
É de perfil que se apreciam as principais diferenças, acrescentando mais 21 cm de comprimento em relação àquele SUV.
O Renault Espace estica até aos 4,72 metros, menos 14 cm do que a geração que substitui, com a distância entre eixos a chegar aos 2,48 metros.
A largura atinge os 1,84 metros e a altura aos 1,64 metros, o que significa que é 3,2 cm mais baixo do que o antecessor.
A distância ao solo chega aos 18 centímetros, dependendo se está equipado com jantes em liga leve de 19 ou 20 polegadas.
Ao ser mais baixo, a aerodinâmica também foi melhorada, o que resultou num comportamento mais eficiente na estrada.
Mesmo sendo mais compacto (e mais leve, já que são "roubados" 215 quilos para um peso total de 1.587 quilos), não falta espaço a bordo do Espace.
E, sem surpresas, mantém o mesmo desenho e configuração do Austral: se à frente é em tudo igual, as diferenças são patentes na segunda fila de bancos.
Proposto nos níveis Techno, Iconic e Esprit Alpine, em qualquer um deles percebe-se que os materiais são de melhor qualidade, como topo de gama que é.
A modularidade é assegurada, na versão de sete lugares, pelo avanço ou recuo em 26 cm do assento corrido.
Para a frente é assegurado mais espaço aos ocupantes da terceira fila mas se recuado, são 32 cm os ganhos para os ocupantes dos bancos intermédios.
Há também a possibilidade de regular a reclinação em 31 graus dos bancos da segunda fila para assegurar viagens ainda mais descansadas.
Os dois assentos da última fila, além de assegurarem bom conforto para dois adultos, podem esconder-se sob o piso da bagageira.
Com as três filas levantadas, a capacidade é de apenas 159 litros, passando para 777 com cinco lugares e chegando aos 1.818 com a segunda rebatida.
Luz a bordo não falta como é exemplo o enorme tejadilho panorâmico com 1,33 metros de comprimento e 84 cm de largura, embora seja dado como opcional.
O arranjo do tabliê no Espace não destoa do conseguido no Austral, ao destacar-se o mesmo sistema multimédia OpenR num ecrã táctil de 12 polegadas.
A ele está alinhado um painel de instrumentação digital de 12,3 polegadas, a que se soma um visor head-up de 9,3 polegadas no pára-brisas.
Em termos de motorizações, os potenciais interessados no Renault Espace só terão direito a uma motorização híbrida.
É o mesmo sistema E-Tech Full Hybrid de 200 cv que equipa o Austral, mas com créditos já bem firmados no desempenho e nos consumos.
Ao motor turbo tricilíndrico de 1.2 litros a gasolina, com 130 cv e 205 Nm, são combinados dois propulsores eléctricos.
O primeiro, de 50 kW (68 cv) e 205 Nm com funções motrizes, é alimentado por uma pequena bateria de 2 kWh.
O segundo, com 25 kW (34 cv) e 50 Nm, funciona como um gerador para ligar o motor a gasolina e gerir a caixa automática de velocidades.
As acelerações e a velocidade de ponta estão ao nível dos rivais mais directos: 8,8 segundos para chegar aos 100 km/hora para um máximo de 175 km/hora.
São os consumos, no entanto, que estão os principais pontos de interesse, como já acontecia no Austral.
A Renault anuncia uma média de 4,6 litros por cada 100 quilómetros e uma circulação até 80% em modo eléctrico no trânsito urbano.
A bateria é recarregada nas travagens, podendo ser aumentada até quatro níveis através das patilhas no volante.
Como explica a marca gaulesa, o sistema é "uma alternativa ainda melhor do que o diesel" para reduzir os gastos de combustível.
De todos os dispositivos tecnológicos que pode comportar (até 32 assistentes de apoio à condução), destaca-se o sistema 4Control com quatro rodas direccionais.
Esta opção melhora, até cinco graus, a capacidade de manobra do SUV a baixas velocidades e dá-lhe melhor estabilidade em regimes mais elevados
Resultado? O raio de viragem é semelhante ao de um compacto urbano como o Renault Clio.
Embora o novo Renault Espace só chegue aos concessionários nacionais em Outubro, as encomendas abrem a 17 de Abril, embora ainda sem preços definidos.
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