Está mais elegante por fora, mais tecnológico a bordo e, se se mantêm idênticas as anteriores motorizações, a suspensão e a direcção foram reafinadas.
Cinco anos passados sobre o lançamento da segunda geração, o Renault Captur recebe a bem-vinda revitalização a meio do seu ciclo de vida.
O crossover chega aos concessionários europeus ainda neste mês de Abril, embora não tenham sido avançados preços para o nosso país.
Sem surpresa, o renovado Renault Captur comporta a nova linguagem estilística desenvolvida pelo director de design Gilles Vidal para os modelos mais recentes da insígnia gaulesa.
A dianteira segue as premissas definidas para o reactualizado Renault Clio, sem esquecer o espírito de família exibido pelo Scénic ou mesmo pelo Rafale.
O capô é agora mais plano, salientado pelas nervuras nas laterais, e o visual muito mais maciço à frente dá-lhe uma revigorada robustez.
O pára-choques com as entradas de ar centrais é ladeado pelas luzes diurnas em forma de bumerangue, com a grelha a acomodar o novo logótipo da marca.
Pequenos paralelogramos redefinem o desenho mais delgado dos faróis, agora com uma nova assinatura luminosa full LED em todos os acabamentos.
A traseira beneficia de dois evoluções muito discretas, patente nas ópticas transparentes, enquanto o difusor está mais rectilíneo do que no antecessor.
O que não mudou foram os 4,24 metros de comprimento e os 2,64 de distância entre eixos.
A capacidade da bagageira oscila entre os 348 e os 616 litros máximos com o avanço ou o recuo, até 16 centímetros, dos bancos traseiros sobre calhas.
São três as linhas de acabamento – Evolution, Techno e Esprit Alpine –, cada uma com características estilísticas específicas.
O acabamento Evolution, que dá entrada à gama, contenta-se com rodas em aço de 17 polegadas.
Os painéis laterais em preto fosco e a linha de cintura em preto brilhante definem o acabamento Techno, agora com jantes em liga leve de 18 polegadas.
É o nível Esprit Alpine a adoptar o visual mais dinâmico da gama, com os logótipos nos guarda-lamas e as molduras das janelas em preto brilhante.
As jantes de 19 polegadas são exclusivas desta versão, assim como os pára-choques em cinzento fosco.
A Renault anuncia ainda até 14 configurações cromáticas para personalizar o crossover, graças a seis cores distintas para a carroçaria e três para o tecto.
Há uma evolução nítida no habitáculo, a começar pelos novos acabamentos com materiais reciclados, excluídos que ficaram os detalhes cromados ou em pele.
Se o volante e o tabliê permanecem idênticos, novo é o painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, personalizável com o sistema Multi-Sense.
O ecrã multimédia, de 9,3 ou 10,4 polegadas, recebe o novo infoentretenimento OpenR Link, compatível com Apple Carplay e Android Auto sem fios.
Oferece os serviços da Google, como o Google Maps e o Google Assistant, assim como mais de cinquenta aplicações para descarregar para o sistema.
A consola central simplificou-se com a substituição dos três botões para regular a climatização pelos nove alinhados sob o ecrã central.
Os estofos dos bancos diferem segundo o nível de acabamento, com o Esprit Alpine a ter pespontos em azul, e o logótipo da série nos encostos de cabeça.
No acabamento Evolution, os assentes são revestidos em tecido cinza mesclado enquanto o Techno, apresenta costuras amarelas.
Se este Captur reestilizado ainda assenta na plataforma CMF-B, a Renault optou por optimizar o chassis para maior conforto e prazer de condução.
A geometria da suspensão, assim como as afinações dos amortecedores e da direcção, foram revistas, para maior conforto, segurança e prazer de condução.
O que não mudou foram as motorizações: a entrada na gama faz-se com o 1.0 TCe de três cilindros com 90 cv e 160 Nm, e caixa manual de seis relações.
Os adeptos do GPL contam ainda com a versão bifuel 1.0 TCe associada àquela transmissão mas agora com 100 cv e até 170 Nm.
Segue-se o mild hybrid 1.3 TCe de quatro cilindros, com 160 cv e 270 Nm, combinada a uma transmissão automática EDC de sete velocidades.
O topo de gama é assumido pela variante E-Tech Full Hybrid, com um bloco turbo de 1.6 litros, dois propulsores eléctricos e uma bateria de 1,2 kWh.
São 145 cv e 205 Nm debitados por esta opção, passados ao solo através de uma caixa automática multimodo.
Pode trabalhar até 80% a circulação na cidade em modo eléctrico, com uma poupança de gasolina até 40% face ao seu equivalente totalmente a combustão.
A contribuir para esta eficiência energética está a nova função e-Save, capaz de manter a carga da bateria a 40% da sua capacidade para ultrapassar desníveis.
Acessível através do ecrã central está o sistema Multi-Sense com os modos de condução Eco, Comfort, Sport e MySense.
Em opção, pode incluir a função Extended Grip, com modos para Neve e Todo-o-Terreno, mas apenas para o E-Tech Full Hybrid com jantes de 18 polegadas.
A segurança activa e as ajudas à condução também evoluíram logo na versão que dá entrada à gama.
Entre os assistentes contam-se o Active Driver Assist, a combinar o programador de velocidade activo e preditivo com a manutenção da faixa.
Há ainda um conjunto de câmaras que geram uma visão de cima para baixo do carro, assim como alertas de ponto cego ou de desatenção do condutor.
E conta-se ainda um sistema automático de travagem de emergência que também funciona nos cruzamentos.
Novidade é o botão My Safety Switch para o condutor activar ou desactivar as configurações preferidas apenas com um toque no botão.
O novo Renault Captur começará a chegar ao mercado europeu ao longo deste mês, faltando saber os preços das diferentes versões para o nosso país.
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