A Renault apresentou, na Sardenha, a nova geração do ZOE, o seu modelo totalmente eléctrico, e se à primeira vista tudo parece igual, não podia estar mais enganado.
A imagem exterior está muito perto da do ZOE que apareceu pela primeira vez em 2012 e que entretanto já somou mais de 160 mil exemplares vendidas e já conquistou mais de 18% da quota de mercado europeia, mas é agora vincada por um "capot" com linhas mais vincadas, faróis com tecnologia Full LED e com uma assinatura luminosa na forma de um "C", elemento comum a todos os novos modelos da marca francesa.
A frente foi totalmente redesenhada e ganhou novos elementos cromados, um novo pára-choques, uma nova grelha e claro, umas novas entradas de ar laterais que permitem optimizar o rendimento aerodinâmico do ZOE.
E se a imagem exterior pouco mudou, o interior foi alvo de uma revolução total. O que mais salta à vista é o ecrã TFT de 10 polegadas, disponível logo desde o nível de equipamento mais baixo, bem como os novos bancos, bastante mais "gordos" e confortáveis. Já ao centro surge um ecrã táctil multimédia de 9,3 polegadas, que prolonga a consola central e se posiciona ligeiramente mais acima, permitindo assim que o condutor não tenha que desviar tanto o olhar da entrada para o operar. Em torno deste ecrã, e tal como aconteceu, por exemplo, no novo Clio, houve uma evolução ao nível da qualidade dos acabamentos, notória à vista e ao toque.
Quanto às dimensões, permaneceram inalteradas. A mala apresenta 338 litros de capacidade e o banco traseiro continua a contar com um valor de referencia no que ao espaço útil diz respeito. Ainda assim, se tiver mais de 1,75 metros de altura, vai sofrer com o pouco espaço disponível para a cabeça.
Graças a uma bateria de 52 kWh de capacidade fornecida pela LG Chem, o novo ZOE oferece uma autonomia de 395 quilómetros, de acordo com o ciclo WLTP. Se tivermos em conta que o ZOE de primeira geração oferecia apenas 210 km (ciclo NEDC), percebemos bem a evolução pela qual este modelo tem passado.
Este "pack" de baterias está associado a um motor eléctrico com 100 kW de potência, o equivalente a 135 cv. Não é um número que impressione, mas chega e sobra para as despesas dos utilizadores mais citadinos, que ainda assim serão capazes de acelerar dos 0 aos 100 km/h em menos de 10 segundos e de conseguir recuperações fantásticas em ultrapassagem.
Com esta nova bateria o ZOE passa a suportar corrente contínua (DC) até 50 kWh, através de uma tomada escondida atrás do símbolo na dianteira. À potência máxima, ou seja, num posto de carregamento rápido (até 50 kW), é possível recuperar 150 quilómetros de autonomia em meia hora.
A 22 kW, é possível ‘carregar’ 120 quilómetros de autonomia em uma hora, sendo que numa Wallbox (7 kW), para cumprir uma carga completa, é necessária uma noite completa. Por mim, e numa tomada convencional (2,2 kW), precisa de um dia completo para deixar as baterias com a capacidade máxima.
O novo Renault ZOE vai chegar ao mercado português no próximo mês de Novembro e deverá ser cerca de 1200 euros mais barato do que o seu antecessor. Assim, a versão base deste modelo deverá começar nos 23.690 euros para quem quiser recorrer à modalidade de aluguer de baterias (deverá rondar os 85 euros mensais), e nos 31.990 euros para quem preferir comprar as baterias.