Visual futurista e transgressor marcam a estética do novo Smart #1, um crossover eléctrico que rompe com a filosofia dos anteriores modelos da insígnia.
São vários os pormenores que o tornam de imediato reconhecível na estrada, logo a começar pelas suas dimensões, e pelos 200 kW (272 cv) que o motor eléctrico debita.
Sim, estamos longe dos ForTwo e ForFour compactos para o trânsito citadino, que agora ganhou uma nova vida com a parceria entre a Mercedes-Benz e a Geely Automobile.
Aliás, o crossover é montado sobre a plataforma SEA, própria para "eléctricos", e recebe o hardware desenvolvido pela fabricante chinesa.
O Smart #1, ou Smart Hashtag One como se lê em inglês, tem 4,27 metros de comprimento por 1,82 de largura e 1,64 de altura, com a distância entre eixos a situar-se nos 2,75 metros.
O estilo é algo minimalista, a começar pelos faróis e farolins em forma de Y, ligados por uma fina faixa luminosa como já é comum nas propostas eléctricas mais recentes.
O tejadilho panorâmico é de origem e as portas não têm moldura, com os puxadores escamoteáveis a "saltarem" quando a chave é aproximada do carro.
A grelha dianteira é do tipo activo, o que significa que se fecha quando não é necessário refrigeração, para assegurar um coeficiente aerodinâmico de Cx 0,29.
As jantes em liga leve são de 19 polegadas de origem, para receber pneus de baixo perfil com a medida de 235/45.
Espaço a bordo também não falta ao Smart #1, a começar pelos dois porta-bagagens: o traseiro tem 273 a 411 litros e o dianteiro apenas 15 litros, mas o suficiente para guardar os cabos de carregamento.
A capacidade atrás varia com o deslizamento longitudinal dos bancos traseiros, que pode chegar aos 13 centímetros.
O ambiente a bordo é tecnológico quanto baste, à semelhança dos principais concorrente com que terá de disputar o segmento de mercado a que se destina.
Atrás do volante, há um painel de instrumentos digital de alta resolução com 9,2 polegadas e um visor head-up de dez polegadas.
O destaque, no entanto, está mesmo no ecrã táctil central de 12,8 polegadas com gráficos 3D, permanentemente ligado à internet para diversas actualizações remotas.
Nele está um completo sistema de infoentretenimento com navegador, ar condicionado ou até mesmo um avatar desenvolvido com inteligência artificial.
Para além do reconhecimento de comandos vocais do condutor, suporta linguagem coloquial e é capaz de "aprender" certos hábitos e expressões ao longo do tempo.
O Smart #1 incorpora também um pacote muito completo de sistemas de segurança activa e apoio à condução, embora esteja a par do que já existe no mercado.
Controlo adaptativo de velocidade de cruzeiro com Stop & Go, manutenção de faixa e travagem automática de emergência em cidade com reconhecimento de peões e ciclistas são algumas das funções incluídas.
A elas somam-se o sistema de detecção de viaturas no ângulo "morto" e os assistentes de estacionamento automático e de "máximos".
Ao nível do desempenho em estrada, espera-se um Smart #1 bem dinâmico, muito à conta do motor eléctrico com 200 kW (272 cv e 343 Nm) passados às rodas traseiras.
O tempo de aceleração dos zero aos 100 km/hora não foi divulgado mas a velocidade máxima está limitada aos 180 km/hora.
A alimentar o propulsor está uma bateria de 66 kWh, capaz de oferecer uma autonomia entre 420 e 440 quilómetros, embora estes números estejam ainda dependentes de homologação.
O carregamento de dez a 80% faz-se em menos de 30 minutos de 10 a 80% num posto rápido de 150 kW, demorando cerca de três horas se for através de uma wallbox a 22 kW.
De série traz um cabo de carregamento Modo 3, sendo opcional o de Modo 2 para tomadas domésticas.
Serão três os níveis de equipamento – Pure, Pro e Premium –, a que soma o Edition 1, série especial de lançamento limitada a mil exemplares.
As encomendas para o Smart #1 arrancam no início do Outono na Europa, embora sem terem sido revelados preços para cada uma das variantes.
As entregas das primeiras unidades acontecem no final deste ano ou, mais provavelmente, no início de 2023.
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