O novo Citroën C3 Aircross vai ser apresentado oficialmente em Junho e chega ao mercado nacional em Novembro. Foi desenvolvido com base na mesma plataforma que surge no
Peugeot 2008 e pode ser visto como um gémeo do
Opel Crossland X, que foi apresentado há poucos dias.
É o sucessor do C3 Picasso, mas, tal como aconteceu com o
5008 da Peugeot, a Citroën "deixou cair" o estilo monovolume para apostar numa imagem tipo SUV, ou não fosse este o tipo de carroçaria mais procurada no mercado europeu.
Naturalmente, irão surgir diferenças entre o protótipo que a marca francesa mostrou no último Salão Automóvel de Genebra e os modelos que vão surgir no mercado. A primeira alteração começa logo no nome. A designação Aircross assumida para o "concept" será alterada, apesar de não haver indicações sobre o nome final do modelo.
Tudo sobre o C3 Aircross: o herdeiro do C3 Picasso chega em Novembro
Não se esperam alterações muito importantes no campo da forma ou nas propostas de pintura nem das cores ou tonalidades, mas as portas de abertura oposta do protótipo vão dar lugar a portas de abertura convencional.
As protecções das cavas das rodas não serão tão volumosas, a altura ao solo será menor e as jantes de dimensões mais reduzidas, porque estamos face a um SUV virado para uma utilização urbana. Mas a proposta do Grip Control (opcional) que equipa os Peugeot 2008 e 3008 pode abrir outros horizontes.
O Grip Control propõe vários modos de condução (Normal, Neve, Lama, Areia e ESP OFF) geridos electronicamente de modo a potenciar a capacidade de tracção em zonas de difícil aderência. Este sistema não terá o potencial de uma transmissão total permanente, que abre as portas ao todo-o-terreno, mas permite seguir por todos-os-caminhos. Para além disso, o Assist Descent Control permite controlar o veículo na descida de encostas mais íngremes.
O habitáculo não vai ter formas tão arrojadas como as mostradas nas fotos distribuídas no Salão de Genebra, devendo seguir o estilo do interior no C3, mas os designers da Citroën afirmam que a imagem do painel de instrumentos será próximo da que surge no "concept", apesar de o ecrã central táctil ser de menores dimensões.
O interior foi pensado para cinco lugares com os assentos posteriores passíveis de rebatimento 2/3 – 1/3. Estão previstos muitos porta-objectos e a possibilidade de deslocar longitudinalmente os bancos traseiros para aumentar o volume da bagageira, como acontece no Opel Crossland X.
O modelo será produzido na fábrica da Citroën em Saragoça, Espanha, e vai contar com uma gama alargada de motores: 1.2 PureTech a gasolina com 82, 110 e 130 cv, bem como os diesel 1.6 BlueHDi de 100 e 120 cv, que podem ter uma vida curta, já que em 2018 este bloco será substituído pelo novo 1.5 HDi de 100 e 130 cv, para responder às exigências das normas de emissões poluentes.