Estará o novo Alpine A290 capaz de tornar-se tão lendário como o clássico Renault 5 Alpine? A questão é válida na estreia do novo "eléctrico" numa distinção perfeita do "irmão" criado pela marca do losango.
Menos exuberante do que o protótipo de que deriva, mesmo assim o desportivo revelado esta quinta-feira ganha inúmeros atributos desportivos que o separam do Renault 5 E-Tech Electric.
Essa ideia percebe-se de imediato nas duas motorizações propostas, de 177 e 218 cv, com a bateria de 52 kWh a oferece até 380 quilómetros de autonomia.
O primeiro "eléctrico" na história da Alpine apresenta-se com 3,99 metros de comprimento por 1,52 de altura e 1,82 de largura (vias são 5 cm mais largas), com a distância entre eixos a fixar-se nos 2,53 metros
Construído sobre a plataforma AmpR Small, a sua raça desportiva é perceptível nos pára-choques e nas saias laterais, com as cavas das rodas mais robustas para acolherem jantes de 19 polegadas em liga leve.
Batentes hidráulicos para a suspensão, estabilizadores específicos e um eixo traseiro multibraços são alguns dos elementos mais notáveis do desportivo, para fixar o peso do carro abaixo dos 1.500 quilos.
Há outros detalhes estilísticos distintos, como a assinatura luminosa em forma de X, presente nos faróis principais e nas luzes auxiliares.
Diferente é a asa traseira que dá continuidade à linha do tejadilho, com a insígnia francesa a justificar a sua reconversão por prejudicar a eficiência aerodinâmica do carro.
E, a decorar o exterior, está uma cartela cromática com quatro tonalidades no lançamento, como destaque a ser dado ao novo Bleu Alpine Vision.
Sem surpresa, o desenho do habitáculo segue as mesmas premissas do Renault 5 E-Tech Electric, com os painéis de instrumentação e multimédia a serem idênticos mas com grafismos específicos da Alpine.
Já para a consola central, a insígnia gaulesa optou por seguir o mesmo desenho do A110 para os botões do selector de marchas.
O volante mais grosso ganha também três comandos auxiliares, com o primeiro a definir os modos de condução Save (Eco), Normal, Sport e Perso.
O último modo permite ajustar de forma independente o nível de assistência da direcção, a resposta do acelerador, o ambiente luminoso a bordo e o som do motor derivado do Alpine Drive Sound.
Soma-se o botão OV, do inglês overtake, para obter a potência máxima durante dez segundos e um comando rotativo para regular o nível de regeneração nas travagens e desacelerações.
A marca especifica que os bancos aquecidos de série possuem apoios laterais reforçados, com o conjunto a ganhar diversas inserções decorativas que são exclusivas do desportivo.
O Alpine A290 é proposto em quatro variantes, com os GT e GT Premium a disporem de 130 kW (177 cv) e 285 Nm, e os GT Performance e GTS a oferecem 160 kW (218 cv) e 300 Nm.
Estes números são mais do que prometedores para libertar boas emoções: as duas versões menos potentes cumprem os zero aos 100 km/hora em 7,4 segundos para uns máximos 160 km/hora.
Já os dois mais poderosos baixam o sprint até aos 100 km/hora para os 6,4 segundos, com a velocidade máxima a fixar-se nos 170 km/hora.
A bateria de 52 kWh, recarregável a 100 kW em corrente contínua, promete uma autonomia até aos 380 quilómetros em ciclo combinado WLTP, embora esteja ainda dependente da respectiva homologação.
Previsto para chegar ao território nacional antes do final do ano com um preço de partida em redor dos 38 mil euros, o Alpine A290 será primeiro proposto como GTS Première Edition.
A série especial limitada a 1.955 exemplares refere-se explicitamente ao ano em que nasceu a construtora de Dieppe.
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