Estava prometido há vários meses e, ao primeiro olhar, a espera valeu bem a pena. O ID.4 GTX inaugura a linha desportiva dos carros electrificados do construtor germânico.
E são 299 cv de potência debitados por dois motores eléctricos, para o lançarem em 6,2 segundos dos zero aos 100 km/hora.
Em relação ao ID.4 original, as ligeiras alterações estéticas no GTX deram-lhe um estilo mais agressivo, mas não tanto como sucede com as versões GTI com motores térmicos.
À frente destacam-se os faróis IQ.LIGHT LED Matrix e a nova grelha inferior em preto, com as entradas de ar laterais adornadas com três luzes a darem-lhe uma personalidade própria.
Onde as diferenças são mais notórias em relação ao ID.4 mais "civilizado" é atrás, marcado pelos novos pára-choques e asa traseira superior, e pelos farolins LED 3D.
A assinatura GTX sobre a porta da bagageira e nas laterais à frente tiram todas as dúvidas quanto à versão em causa.
O conjunto é rematado por jantes em liga leve de 20 polegadas, com as rodas de 21 polegadas a serem opção, para acolher pneus de 235 mm à frente e 255 mm atrás.
A atmosfera dentro do habitáculo é também diferente, mas não tão radicalmente desportiva como se poderia pensar… e desejar!
O interior é proposto em tons azuis, com pespontos e detalhes contrastantes em vermelho nos revestimentos.
No tabliê destacam-se o painel digital de instrumentos, de 5,4 polegadas, e o ecrã de infoentretenimento de dez ou 12 polegadas, podendo ainda integrar o visor head-up com realidade aumentada.
O logótipo GTX está em evidência no volante e, como nos modelos ID "convencionais", os pedais em aço mantêm os ícones Play e Pause para o acelerador e o travão.
A principal valia do Volkswagen ID.4 GTX está mesmo na arquitectura mecânica, patente nos dois motores eléctricos, sendo um para cada eixo.
Ambos são controlados de forma automática, o que significa que, em condições normais de condução, é dada a primazia à tracção traseira.
Todavia, quando solicitado para tal, trabalha como um tracção integral com a entrada em acção do motor eléctrico dianteiro.
São cinco os programas de condução – Eco, Comfort, Sport, Individual e Traction – mas podem ser adicionados dois pacotes dinâmicos em opção para o tornarem mais feroz.
O Sport permite reduzir em 15 mm a altura ao solo, e é complementado com uma direcção progressiva, a que soma o Sport Plus com suspensão adaptativa.
A potência máxima combinada chega aos 220 kW (299 cv), com os dois motores a serem alimentados por uma bateria de 77 kWh.
O desempenho em estrada é o de um verdadeiro GTI: 6,2 segundos dos zero aos 100 km/hora, mau grado a velocidade máxima estar limitada electronicamente a 180 km/hora.
A autonomia chega aos 480 quilómetros, segundo o ciclo WLTP, enquanto o consumo eléctrico ronda os 18,1 a 19,1 kWh por cada 100 quilómetros.
Nos carregamentos rápidos, aceita potências até 125 kW, o que permite ganhar mais 300 quilómetros de autonomia em meia hora.
As recargas domésticas com corrente alternada estão limitadas a 11 kW com um cabo Mode 3 convencional.
À semelhança do ID.4 convencional, o GTX possui as opções D e B para a recuperação de energia, com o segundo modo a permitir que os motores eléctricos também actuem como geradores nas travagens.
Garantido pela marca está 70% da capacidade da bateria durante oito anos ou 160 mil quilómetros.
O Volkswagen ID.4 GTX é lançado no mercado europeu já este Verão, embora se desconheça a chegada aos concessionários nacionais.
Os preços do "eléctrico" desportivo para o nosso país também são desconhecidos, enquanto na Alemanha é proposto por 50.415 euros, mas está apto a receber um subsídio estatal de 7.500 euros.
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