Mais de 30 milhões de unidades vendidas desde que o primeiro modelo chegou ao mercado mundial no já longínquo ano de 1973. É um número de peso,que a oitava geração da Volkswagen Passat irá tentar manter em linha, agora que chega ao nosso país com um preço de entrada a partir de 29.675 euros.
O Aquela Máquina esteve presente no lançamento oficial das versões berlina e carrinha na Quinta da Marinha, em Cascais, e experimentou na estrada aquela que poderá dar um valente abanão nas preferências do consumidor.
Estamos a falar da Passat Variant GTE, a carrinha híbrida plug-in da gama, proposta com mais 40% de autonomia em modo totalmente eléctrico (55 quilómetros) em relação ao seu antecessor, por um valor a partir de 48.513,90 euros.
Numa altura em que a electrificação automóvel apresenta propostas cada vez mais condizentes com os nossos hábitos de condução, no que a viaturas equipadas com motores de combustão diz respeito, a Volkswagen revela aquele que tem sido um dos modelos mais importantes da sua oferta.
Uma das principais renovações estratégicas da marca está ao nível da designação dos níveis de equipamento: Passat, Business, Elegance e GTE, sendo esta última a denominação para a versão híbrida plug-in.
Equipada com um motor turbo a gasolina TSI de 1.4 litros de 156 cv, associada a um propulsor eléctrico de 85 kW, a Volkswagen Passat GTE oferece uma potência total de 218 cv e uma autonomia de 55 quilómetros em modo 100% eléctrico, segundo o ciclo WLTP.
Primeiro ponto a assinalar: a Passat Variant GTE que o Aquela Máquina testou à volta da serra de Sintra mostrou-se uma proposta condizente com os pergaminhos que esta gama apontou desde o seu lançamento há 46 anos.
Está aqui presente o pragmatismo da engenharia alemã no desenvolvimento desta nova geração. Confortável e económica quanto baste, aliada a uma condução prática e eficaz, a Passat Variant GTE responde de prontamente às solicitações do condutor.
Essa sensibilidade é bem notória quando se conduz em modo eléctrico, Afinal são 218 cv que dão aquela pujança quando enfrentamos situações mais complexas em estrada.
Para a transmissão da potência, a Volkswagen equipou esta versão com uma caixa automática de dupla embraiagem de seis velocidades, desenvolvida especialmente para uso em veículos híbridos.
Há um senão, no entanto, que é a quase impossibilidade de cumprir os 55 quilómetros de autonomia anunciados, pelo menos em estrada aberta; apenas conseguimos fazer 47 quilómetros.
Em tráfego urbano, acreditamos que esse objectivo seja mais fácil de atingir, até porque uma condução "pensada" exige bem menos da potência do motor eléctrico.
Sempre que a bateria de iões de lítio está carregada o suficiente, a Passat Variant GTE arranca sempre na função E-Mode. Já em funcionamento, o condutor pode ainda optar pelas funções GTE (condução desportiva com a potência total do sistema) e Hybrid (mudança automática entre o motor eléctrico e o motor TSI).
A recarga da bateria durante o percurso também está mais simplificada através da recuperação de energia. Graças aos novos modos de funcionamento, a energia necessária para a condução sem emissões em cidade pode manter-se em reserva de forma ainda mais selectiva.
Em recarregamento domiciliário, segundo a rede eléctrica convencional, a Passat Variant GTE atinge a carga completa em cinco horas. Com uma wallbox ou num posto de carregamento de 360 volts/3,6 kW, o tempo de carga é reduzido para 3h33m.
São notórias as evoluções estilísticas introduzidas na gama Passat, com o redesenho dos pára-choques, e da grelha do radiador, com a sigla Passat em plano destaque no centro da porta da bagageira.
Também a concepção dos novos faróis dianteiros e dos grupos ópticos traseiros em LED reforçam as linha apelativas da carroçaria, mantendo a sobriedade que sempre distinguiu o modelo desde a sua primeira geração.
Já dentro do habitáculo, mantém-se a sensação de espaço que a anterior geração propunha, reflectido na bagageira: 650 litros de capacidade, que pode atingir os 1780 litros com os bancos rebatidos.
Um novo volante, que a Volkswagen anuncia como o primeiro capaz de "detectar" por "reconhecimento táctil", confirma se o condutor continua a ter o controlo sobre o veículo.
É também através dele que o condutor pode configurar a nova geração de instrumentos digitais. O digital cockpit, proposto com melhor grafismo, luminosidade e resolução possui um ecrã de 11,7 polegadas com três configurações possíveis.
Nesta actualização, o novo sistema de infotenimento MIB3, associado a um ecrã táctil que pode ter 6,5, 8,2 ou 9,2 polegadas, conta com um cartão SIM para acesso permanente à internet. Significa isto que é possível aceder ao Apple CarPlay sem ser necessário um cabo para ligar o iPhone.
Em estreia mundial neste modelo é o Travel Assist, permitindo uma condução semi-autónoma a velocidade regulada até 201 km/hora, e a expansão das funcionalidades do IQ.Drive no que à assistência à condução diz respeito.
O IQ.Drive representa todos os sistemas de assistência inteligentes actualmente disponíveis para a condução, estacionamento e segurança, permitindo, no futuro, a condução autónoma sem condutor. Outra novidade é o Emergency Steering Assist, que auxilia o condutor nas manobras evasivas através da intervenção nos travões.
Também a mais recente geração do cruise control adaptativo, que funcionava apenas como controlo da distância, harmoniza agora a velocidade em relação aos limites de velocidade em zonas urbanas, curvas, rotundas e cruzamentos.
O sistema We Connect Fleet, dirigido especialmente à gestão de frotas, dispõe de um diário de bordo digital onde pode ser feita a monitorização do consumo de combustível e a gestão de manutenção Service Manager.
Já a Mobile Key (chave digital), disponível apenas com o sistema de navegação opcional Discovery Pro permite abrir e ligar o carro através do telemóvel.
A gama Passat é complementada, para além da motorização híbrida plug-in, com um motor a gasolina 1.5 TSI de 150 cv, e dois propulsores a gasóleo: o 1.6 TDI de 120 cv, e o 2.0 TDI de 150 cv e de 240 cv.
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