Chama-se SU7 e é a impressionante estreia da Xiaomi no mundo dos "eléctricos" de alto desempenho.
Com uma ficha técnica capaz de emocionar os mais ferrenhos dos desportivos a gasolina, terá os Tesla Model S e Porsche Taycan como principais adversários.
Ainda sem data de comercialização e com os preços em segredo, falta saber se chegará ao mercado europeu.
Depois de meses de rumores e especulações, com fotografias "piratas" do protótipo pelo meio, foi finalmente revelado o primeiro "eléctrico" da Xiaomi.
O SU7 revelado esta quinta-feira pelo director executivo Lei Jun assume-se como um vanguardista tecnológico com uma autonomia notável.
Com o comprimento a bater quase nos cinco metros, tem apenas 1,46 metros de altura e 1,96 de largura, com a distância entre eixos a chegar aos três metros.
Em termos visuais, a berlina coupé adopta códigos estilísticos já presentes em outras propostas de marcas bem conhecidas.
Essa ideia percebe-se logo no desenho dos faróis, com um desenho muito parecido com os que equipam o McLaren 720S e o recente 750S.
A traseira segue as premissas do Ioniq 6 da Hyundai mas ganha um spoiler retráctil regulável em quatro níveis.
Estas linhas muito esguias acabam por não ser uma grande surpresa se se pensar que em causa está a eficiência aerodinâmica; apenas um Cx de 0,195!
O interior do SU7 é de imediato distinguido pelo enorme ecrã central multimédia de 16,1 polegadas, alinhado com o painel de instrumentação de 7,1 polegadas.
E, para o condutor não desviar um milímetro os olhos da estrada, o pára-brisas conta com visor head-up de realidade aumentada com 56 polegadas.
Todo o sistema de infoentretenimento é operado pelo HyperOS, concebido para receber actualizações por via remota.
E, a facilitar a condução, está uma bateria completa de câmaras e radares, que funcionam com o sistema de condução autónoma Xiaomi Pilot.
A fabricante de telemóveis assegura mesmo que a berlina coupé poderá circular em ambiente urbano sem a intervenção do condutor.
A Xiaomi anuncia duas versões distintas – tracção traseira ou integral – no lançamento do SU7.
A propulsão é assegurada pelas opções HyperEngine V6, HyperEngine V6s e HyperEngine V8, numa ironia aos blocos térmicos de seis e oito cilindros em V.
A entrada na gama faz-se com o HyperEngine V6 de 220 kW (299 cv) e 400 Nm montado no eixo traseiro, e demora 5,68 segundos a chegar aos 100 km/hora.
Já o HyperEngine V6s equipa a variante SU7 Max de tracção integral, com os dois motores a assegurarem 495 kW (673 cv) e 823 Nm combinados.
Os zero aos 100 km/hora cumprem-se em 2,78 segundos mas são os 265 km/hora de velocidade máxima que impressionam face aos rivais "eléctricos".
O HyperEngine V8, com uma velocidade máxima de 27.200 rpm, possui uma potência de 425 kW (578 cv) e um binário máximo de 635 Nm.
Para 2025 está anunciada uma variante ainda mais brutal, à conta do HyperEngine V8s mas não foram adiantados detalhes sobre esta motorização.
A suportar estes motores estarão duas baterias, de 73,6 e 101 kWh, com arquitectura eléctrica de 800 volts.
Todavia, o modelo base ficará limitado a 400 volts, com a primeira bateria a oferecer uma autonomia superior a 500 quilómetros.
A segunda, para distâncias em redor dos 700 quilómetros, poderá recuperar 220 quilómetros em cinco minutos, embora não seja dada a potência de carga.
Novidade é o facto da plataforma Modena em que é construída a berlina poderá acomodar uma bateria de 150 kWh para uma autonomia ainda mais alargada.
Não se sabe ainda se o Xiaomi SU7 chegará ao mercado europeu mas uma certeza é a ambição da fabricante de telemóveis.
Agora transformada em fabricante de carros eléctricos, quer fazer parte do Top 5 dos construtores mais importantes do planeta.
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