Marcas que fizeram história no mundo desportivo automóvel assentam arraiais no Rétromobile, salão de "clássicos" que arranca esta terça-feira em Paris.
A Lancia irá apresentar o programa Classiche Heritage, concebido para proteger e promover os veículos históricos da insígnia italiana.
É composto por um certificado de origem e outro de Autenticidade, para depois ser complementado pelo serviço de restauro.
Tem por objectivo localizar os registos de produção e a documentação técnica usada pela comissão para analisar os dados sobre os veículos inspeccionados.
A título de exemplo, em exposição irá estar o mítico Lancia Rally 037, último carro de duas rodas motrizes a vencer o Mundial de Ralis em 1983.
Baseado no Beta Montecarlo, o super desportivo não foi originalmente concebido para uma produção em larga escala.
Apresentado em 1982, no salão automóvel de Turim, foram produzidas 200 unidades para efeitos de homologação para garantir o acesso ao Grupo B.
Equipado com um motor de quatro cilindros, a potência variava entre os 260 e 305 cv em função da cilindrada do motor, que ia de 1995 a 2111 cc.
O Rally 037, dos quais apenas 53 exemplares foram preparados para competição provou ser um carro leve e ágil com elevado desempenho.
A sua superior motricidade e comportamento dinâmico deveu-se à sua estrutura original monobloco e tubular, "adaptada" pelos técnicos da Pininfarina.
A carroçaria, muito agressiva sem perder elegância, foi concebida em poliéster com reforços em fibra de vidro.
Comportava vários apêndices aerodinâmicos para maior carga ao solo, incluindo uma asa traseira que o distinguia entre os seus pares.
Ao lado do Lancia Rally 037, estará a sua variante Stradale mais "civilizada", assim como o Lancia Stratos Livrea Alitalia e o Lancia Delta HF Integrale.
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