"Eficiência é uma palavra-chave quando falamos sobre a melhor maneira de gerirmos os recursos naturais do nosso planeta", afirmou Michael Lohscheller, director da Opel na abertura do stand no Salão Automóvel de Frankfurt no início desta semana.
O responsável máximo do construtor germânico foi bem claro em relação à fortíssima aposta que a marca fez no certame, como exemplo para uma mobilidade mais sustentável.
Aliás, até 2024, a Opel pretende complementar toda a sua oferta com versões eléctricas, para cumprir as cada vez mais apertadas normas de emissões poluentes impostas pela União Europeia.
Para os mais cépticos, as dúvidas ficaram rapidamente dissipadas com as estreias mundiais da linha Corsa, rematada com uma excitante versão 100% eléctrica, e do Grandland X Plug-In Hybrid4 em plano de evidência.
Também a renovação do Astra em termos estilísticos mas, principalmente, no que à eficiência diz respeito, graças aos novos motores que equipam os modelos da gama, foram estrelas maiores no stand da marca.
"Queremos mostrar como a Opel está a ser líder no desenvolvimento de uma mobilidade mais compatível com o meio ambiente num futuro próximo", acrescentou Michael Lohscheller.
Mais dinâmica e eficiente, a sexta geração do Opel Corsa é, sem sombra de dúvida, uma das estrelas do Salão Automóvel de Frankfurt que só fecha portas a 22 de Setembro.
Equipado com três motores a gasolina e outro a gasóleo, com a gama a ser pontuada pela versão 100% eléctrica, o novo citadino pretende ir ao encontro das actuais necessidades de mobilidade.
Com um preço abaixo dos 30 mil euros, o Corsa-e, equipado com uma bateria de 50 kWh, está capaz de oferecer 136 cv de potência e 260 Nm de binário. Em termos de prestações, o modelo consegue acelerar dos 0 aos 50 km/hora em 2,8 segundos, atingindo os 100 km/hora em 8,1 segundos.
"A arquitectura da sexta geração do Corsa foi desenvolvida em redor da versão eléctrica para comportar essa motorização, assim como os motores de combustão; era um dado adquirido desde que iniciámos o desenvolvimento do projecto", explicou, em exclusivo ao Aquela Máquina, Frank Jordan, director do departamento de Engenharia Avançada da Opel.
"Tivemos apenas de fazer algumas alterações em relação a componentes comuns, nomeadamente, a colocação das baterias, de maneira a que a versão 100% eléctrica mantivesse o mesmo equilíbrio dos modelos equipados com motores convencionais."
O Corsa-e foi concebido para percorrer 330 quilómetros em condução regular, segundo a norma WLTP, mas, como referiu Frank Jordan ao Aquela Máquina, "se for conduzido em Eco Mode, essa autonomia poderá ser reforçada em mais 40 ou 50 quilómetros de acordo com as condições atmosféricas e da própria estrada."
O tempo de recarga da bateria continua a ser uma desvantagem para o condutor, apesar de a Opel a ter tentado minimizar ao máximo.
"Para os condutores que fazem viagens mais longas, asseguramos recarregamentos até 80% em apenas 30 minutos", acrescentou o responsável da divisão de Engenharia Avançada.
"É óbvio que não é uma solução tão cómoda como num veículo com motor convencional, mas também é de sublinhar que já não se fazem viagens tão longas como antes acontecia."
O dinamismo e eficiência do Corsa-e está igualmente reflectido no protótipo criado para as pistas de rally. O Opel e-Rally Cup, criado em colaboração com o Automóvel Clube da Alemanha (ADAC), será a primeira competição de marca para automóveis eléctricos.
"Não há muitas diferenças entre o Corsa-e Rally em relação à versão eléctrica agora apresentada", destacou Frank Jordan. "Quisemos manter a tecnologia tão próxima quanto o possível em relação ao modelo original, para mantermos os preços baixos e atingirmos um público-alvo constituído por jovens talentos."
O troféu será disputado, numa fase inicial, em dez provas do campeonato alemão de ralis, com a primeira a acontecer no Verão do próximo ano.
Se a versão 100% eléctrica é a estrela da gama Corsa, nem por isso os modelos equipados com os motores de combustão deixarão de apelar aos sentidos dos seus adeptos.
Apoiada num motor a gasolina de 1.2 de três cilindros, a versão de 75 cv com caixa manual de cinco velocidades é o modelo de entrada da gama, apresentando consumos entre os 5,3 e os 6,1 l/100 km, e emissões de 119 a 136 g/km segundo a norma WLTP.
Para o mesmo motor, mas equipado com turbocompressor, é avançada a versão de 100 cv e 205 Nm com caixa manual de seis velocidades, podendo também ser associada a uma transmissão automática de oito velocidades. Os consumos oscilam entre 5,3 e 6,4 litros/100 km, com emissões entre 121 e 137 g/km.
A versão mais potente, de 130 cv e 230 Nm, apenas é disponibilizada com caixa automática de oito velocidades. Capaz de fazer 8,7 segundos dos 0 aos 100 km/hora, apresenta uma velocidade de ponta de 208 km/hora. Os consumos variam entre os 5,6 e os 6,4 l/100 km, e as emissões entre 127 e 144 g/km.
A gama é completada com um único propulsor a gasóleo turbo-comprimido de 1.5 litros de 100 cv e 250 Nm, com consumos entre os 4,0 e 4,6 litros/100 km.
Relevante para a redução das emissões poluentes – 104 a 122 g/km – foi a optimização do sistema de tratamento dos gases de escape, através de um catalisador passivo de oxidação com absorção de NOx, um catalisador de redução selectiva com injecção de AdBlue, e um filtro de partículas.
Já disponível para encomenda, a gama que chegará em Novembro ao nosso país terá um preço de arranque de 15.510 euros para a motorização a gasolina, não tendo sido ainda revelado o preço para a versão diesel.
É o primeiro híbrido plug-in da Opel, com um preço de arranque na Alemanha de 51.165 euros, e o resultado final não poderia ser mais positivo, ou não fosse ele proposto com uma potência total superior a 300 cv e 59 quilómetros de autonomia em modo 100% eléctrico.
Com tracção às quatro rodas, o SUV Grandland X Plug-In Hybrid4 combina a força de um motor turbo a gasolina de 1.6 litros com dois motores eléctricos de 80 kW e uma bateria de iões de lítio de 13,2 kWh.
O motor eléctrico dianteiro está acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, enquanto o segundo motor eléctrico o inversor e o diferencial estão integrados no eixo traseiro para dar tracção às quatro rodas quando tal for necessário.
Com quatro modos de condução – 100% eléctrico, híbrido, AWD e Sport –, o Opel Grandland X Plug-In Hybrid4 apresenta consumos entusiasmantes para um SUV com este porte: 1,3 a 1,4 litros por cada centena de quilómetros percorridos e emissões de 29 a 33 gramas por quilómetro.
É um dos modelos mais icónicos da marca do competitivo segmento C, desde que o mercado viu a primeira versão na estrada em 1991.
Com uma estética melhorada e uma aerodinâmica ainda mais apurada (0,26 Cd), o Opel Astra, nas versões de cinco portas e Sports Tourer, ganha força e eficiência nos novos motores e transmissões que o equipam.
O resultado é uma redução até 21% dos gases poluentes, com cinco das sete motorizações a apresentarem emissões abaixo dos 100 g/km segundo a norma NEDC.
No que aos motores a gasolina diz respeito, o modelo tem por base um bloco de três cilindros de 1.2 litros, com três níveis de potência – 110 cv (195 Nm), 130 cv (225 Nm) e 145 cv (225 Nm) –, associado a uma caixa manual de seis velocidades.
O motor de 1.4 litros, com 145 cv e 236 Nm, integra uma caixa automática CVT de sete velocidades. Os consumos combinados variam entre os 5,2 e os 6,1 litros por cada 100 quilómetros.
Já as três motorizações a gasóleo de 1.5 litros apresentam potências de 105 cv (260 Nm), 122 cv (300 Nm) e 122 cv (285 Nm).
Os dois primeiros motores estão ligados a uma transmissão manual de seis velocidades, enquanto o terceiro está associado a uma caixa automática de nove velocidades.
As emissões poluentes, segundo a norma NEDC são de 90 e 92 g/km, para as duas primeiras motorizações, atingindo as 109 g/km na versão com transmissão automática.
Embora ainda não tenham sido divulgados preços para o Astra que deverá chegar ao nosso país em Novembro, na Alemanha o modelo de cinco portas custará 19.990 euros enquanto o Sports Tourer é proposto a 20.990 euros.
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