Há mais de um século que os automóveis com motores térmicos fazem parte do som das cidades mas tudo irá mudar mais depressa do que se possa imaginar.
Na revolução eléctrica que está em curso, os carros electrificados quase não fazem barulho, o que coloca em risco peões ou ciclistas.
Será que uma comunicação de sons externos, luzes coloridas ou subtis movimentos serão suficientes para "comunicar" as intenções de um carro autónomo ou com condutor?
A solução poderá estar debaixo de água; pelo menos, essa é uma das pesquisas em que a Volvo está envolvida.
A tecnologia inovadora que está a ser pesquisada envolve ultra-sons provenientes de altifalantes paramétricos, em tudo semelhante ao utilizados nas sondas dos submarinos.
Essa ligação é feita essencialmente através de um feixe de som ultra-sónico, dirigida ao peão ou ao ciclista.
Ao aproximar-se dos corpos detectados, o feixe de som será modulado numa faixa de frequência que só eles poderão ouvir e serem alertados para a presença do automóvel.
Embora essa tecnologia esteja ainda numa fase embrionária de desenvolvimento, ela faz parte dos estudos da Volvo.
O objectivo passa por criar uma linguagem universal, compreensível e segura, para a "comunicação" dos automóveis autónomos com os transeuntes.
A Volvo lança este debate a partir do concept 360c, onde são avançadas as suas propostas para o automóvel do futuro.
"Se pretendemos estabelecer um padrão global de comunicação, teremos de seguir algumas regras", explica Mikael Ljung Aust.
O responsável técnico pelo centro de segurança da Volvo Cars considera que, numa primeira fase, "teremos de falar uma linguagem que todos entendam", para que seja global.
Na entrevista a Mikael Ljung Aust é explicado como a marca sueca está a abordar essa questão.
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