O automobilista comum, na maior das vezes, só quando chega a estação das chuvas é que se lembra de olhar com mais atenção para o estado em que se encontram os pneus da sua viatura.
A decisão é a menos correcta possível já que não é apenas nessa altura do ano que os pneumáticos têm um papel essencial para uma condução segura.
Inspecções regulares – uma vez por mês, pelo menos – evitam dissabores de maior monta ao automobilista, já que percebe de imediato quando é necessário proceder à sua substituição.
Um estudo no terreno levado a cabo pela Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) comprovou os riscos que os condutores correm por falta de atenção ao elemento que liga o carro à estrada.
Com a colaboração da PSP de Coimbra, foram inspeccionados 130 veículos, e os resultados não poderiam ser mais críticos. Algo tão simples como verificar o ar dos pneus, revelou que um terço das viaturas revistas tinham pressões em desacordo com o definido pela marca automóvel.
A situação acaba por levantar várias preocupações já que, na inspecção realizada o ano passado, era de apenas 17% essa percentagem.
Os conselhos, de tão velhos que são, já deveriam estar há muito inculcados nas mentes dos automobilistas. É sabido que o pneu perde pressão, devido à passagem normal através dos seus componentes, de pequenas perfurações, de fugas nas válvulas ou da união com a jante.
Contudo, seja por distracção ou por falta de tempo, muitos esquivam-se a rever um dos componentes mais importantes do veículo, no que à segurança diz respeito.
A pressão dos pneus deve verificar-se, pelo menos, uma vez por mês, e sempre com os pneus frios, incluindo a roda suplente. A situação é tão ou mais absurda quando qualquer estação de serviço tem equipamentos próprios (e de uso gratuito) para corrigir essa anomalia.
É também nesta altura do ano em que o automóvel ganha um peso quase excessivo, devido ao aumento da bagagem e do número de pessoas a transportar.
Significa então que, se a pressão do pneumático for insuficiente, origina instabilidade no comportamento de veículo, aumento do consumo de combustível e subida da temperatura, com a consequente fadiga e desgaste dos seus elementos.
Quando a pressão é excessiva, a estrutura do veículo, assim como o sistema de suspensão e a própria carga transportada, podem sofrer danos que vão fazer "doer" a carteira do condutor.
O Código da Estrada indica que é de 1,6 milímetros a profundidade mínima da superfície de rolamento de um pneu, embora seja algo imprudente deixá-lo chegar a esse estado.
Para um melhor e mais eficaz desempenho da viatura, que também se reflecte na poupança de combustível, é aconselhável substituir os pneumáticos quando a profundidade do piso é inferior a 3 milímetros.
Um pneu desgastado, como já antes foi avançado, é um autêntico convite ao acidente, mesmo a baixa velocidade, devido à perda de aderência (e correspondente instabilidade da viatura) e ao aumento da distância de travagem.
Para rematar os conselhos de segurança rodoviária, olhar atentamente para o aspecto geral dos pneumáticos.
Gretas ou fissuras devido ao seu envelhecimento, cortes nos flancos ou na banda de rolamento, e deformações localizadas, obrigam a uma imediata substituição para uma maior segurança rodoviária.