Férias! Verão! Duas palavras mágicas que ganham novo sentido nas mentes de qualquer um de nós, agora que o mês de Agosto se aproxima a passos largos.
Adivinha-se, por isso, um trânsito intenso nas estradas nacionais ao longo desta semana, entre os que regressam a casa e os que vão retemperar forças para a praia ou para o campo.
São muitos os conselhos que são dados aos automobilistas nesta altura do ano mas, algo que fica muitas vezes no esquecimento, é a maneira como devemos lidar com os membros mais novos da família em jornadas longas de carro.
Com efeito, devem contar-se pelos dedos os pais que nunca sofreram com as diabruras e as discussões dos filhos nestas viagens.
Dramáticos são os perigos que estão associados a estas situações, principalmente quando a berraria nos bancos de trás vai subindo de nível até os ouvidos do pai infeliz latejarem com os guinchos dos petizes.
Um estudo avançado recentemente pela Nissan revela que seis casais em cada dez admitem que têm dificuldades em concentrarem-se na estrada com filhos irrequietos.
A larga maioria confirma que, em mais ocasiões do que gostariam de fazer, são obrigados a olhar para trás para impor a calma às crianças, aumentando os riscos de acidente.
Em 72% dos casos assinalados, são as discussões entre os mais novos que tiram os pais do sério, enquanto dois terços referem os choros e outros caprichos lacrimejantes.
É também nestas situações que o automobilista percebe que tem um futebolista em potência nos assentos de trás.
Os pontapés da criança no banco do condutor são referidos em 62% das situações. E há ainda aqueles que, armados em Hércules (43%) tentam arrancar o cinto de segurança que, apesar de tudo, ainda os mantêm quietos.
Se 37% dos casais interrogados dizem que dão o telemóvel ou o ‘tablet’ para as crianças fazerem jogos, 53% com instintos de aves canoras afirmam entretê-los com canções. Um terço dos questionados diz que os doces também podem acalmar os mais renitentes.
Espantoso nesta era digital em que vivemos é que quase metade dos interrogados (44%) explicam que oferecem jogos para os mais pequenos brincarem.
O estudo explica, no entanto, que, quando está realmente irritada, a criança vê nessas peças autênticas armas de arremesso às cabeças dos pais, como referem 39% dos inquiridos.
As estradas são melhores e os tempos de viagem mais curtos mas, quem tem filhos, sabe que pouco ou nada disso importa quando eles exigem parar… e quase que nem importa saber a razão.
Importante, por isso, é programar a jornada automóvel com paragens de duas em duas horas, no mínimo, para que ninguém atinja aquele ponto de saturação que tornam desconfortáveis estas viagens.
É também uma oportunidade para os mais novos se libertarem da "camisa de forças" em que o cinto de segurança se torna para eles.
Várias estações de serviço nas auto-estradas e nas vias mais concorridas têm parques infantis para que eles libertem aquelas energias reprimidas que se podem tornar perigosas em viagem.
E não se esqueça: se a sua viatura estiver equipada com sistemas preventivos de acidentes, use-os de forma intensiva.
Mais de um quarto dos automobilistas que participaram neste estudo indica que a travagem autónoma de emergência, o alerta de saída de faixa e o regular adaptativo de velocidade são os sistemas que mais valorizam no momento da compra de um novo automóvel.