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Face a este suplício, qualquer automobilista sente que é quase uma dádiva dos céus quando, por fim, consegue chegar à sua praia preferida.
O que muitas vezes esquece quando regressa a casa, no entanto, são os danos que o carro poderá sofrer nestas viagens se não estiver particularmente atento.
Sim, o automóvel não ganha muita saúde quando fica horas e horas sob um sol inclemente, sem esquecer a areia e o sal que o vento ajuda a fustigar a chapa.
Sim, é de todo conveniente dar um tratamento adequado à viatura para que ela não se ressinta demasiado das sucessivas idas à praia, seja nas férias ou no fim-de-semana.
Os conselhos são todos os anos os mesmos, mas este Verão ganham particular importância devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus.
Com o carro parado há meses, só usado para trajectos demasiado curtos devido ao confinamento imposto aos portugueses, é de todo aconselhável fazer-lhe uma inspecção rápida.
Confirmar os níveis dos fluidos, como o óleo do motor, o anti-congelante e o líquido dos travões são os primeiros passos a dar antes de iniciar a viagem, principalmente quando ela é longa.
E não se esqueça de dar uma vista de olhos ao líquido do limpa pára-brisas, que nestas idas à praia assume um papel primordial.
De seguida, veja a pressão e o estado dos pneus, incluindo o sobressalente, e a carga da bateria, entre outros pormenores.
Sabendo que o asfalto demasiado quente pode danificar ainda mais os pneus já desgastados, veja se não será melhor substituí-los por um jogo novo, evitando um furo ou o próprio rebentamento do pneumático.
A lei dita a troca quando os sulcos chegam aos 1,6 mm de profundidade, mas recomenda-se a substituição quando chegarem aos 2 mm.
Chegados ao destino, o bom senso diz-nos para estacionar algo distante da praia e à sombra, para a viatura não sofrer demasiado com a maresia e o sol.
Acontece exactamente o contrário, na maior parte das situações, obrigando-nos a ter uma atenção redobrada para mais tarde não sofrermos dissabores na carteira
Pode parecer ridículo, mas convém estacionar o veículo com a traseira virada para o mar.
Desta forma evita-se que a brisa marítima, carregada de sal, a que se pode somar a areia se o vento soprar com força, entre directamente pela grelha do motor.
Quanto à chapa, pouco há a fazer, a menos que leve uma capa protectora para cobrir a carroçaria e, ao mesmo tempo, protegê-la do sol.
Há várias opções no mercado e nem são demasiado caras, mas, raramente são utilizadas… muito por preguiça!
Quem sofre é a chapa e o motor, se não se derem umas "mangueiradas" rápidas numa estação de lavagem quando se voltar a casa. E não se esqueça de lavar as jantes e por baixo da carroçaria.
Chegados a casa, bater os tapetes não é má ideia mas, ao fim de alguns dias, também não é de menosprezar uma aspiração mais eficaz ao interior, para tirar a areia e a sujidade que teimam em esconder-se.
A pandemia do Covid-19 obrigou a precauções redobradas na limpeza do habitáculo com geles desinfectantes mas, se a saúde é a preocupação principal, os danos que eles podem provocar também são elevados.
Álcool e altas temperaturas não ligam nada bem, já que podem fazer estalar as superfícies do volante, painéis e puxadores das portas, e tablier que se vão limpar.
A limpeza deverá acontecer logo de manhã ou ao final do dia, quando o calor se faz sentir menos, prevenindo assim esses problemas.
E, não se esqueça: nunca deixe os geles hidra-alcoólicos no interior, principalmente se pensa desinfectar as mãos quando chegar ao carro. Estando eles quentes, corre o risco de sofrer queimaduras na pele!
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