Pneus: O que deve saber para comprar, trocar ou preservá-los

Para grande parte dos condutores, os pneus "são redondos e pretos" e estão no automóvel. Aliás, na maioria dos casos são esquecidos apesar de serem fundamentais para a segurança e não só.

OS PNEUS TÊM PRAZO DE VALIDADE?... A resposta é NÃO, apesar de muitos pensarem e afirmarem que sim. Entre muitas outras indicações que surgem nos flancos de todos os pneus, existe uma marcação com a data de produção – DCN, onde os dois primeiros números referem a semana e os últimos dois o ano. Por exemplo DCN 3112 quer dizer que foi produzido na semana 31 (Julho) de 2012.

As normas europeias aconselham à verificação por um especialista ao fim de cinco anos após a produção, e apenas recomenda a sua substituição. Isto não invalida uma verificação da altura do piso, sendo 1,6 mm o limite mínimo exigido pela legislação europeia. É muito importante verificar o aparecimento de gretas no piso, sinais de uma degradação da borracha e é sempre importante saber ler a etiqueta que surge colada a cada pneu.

SEGURANÇA PASSA PELA PRESSÃO DOS PNEUS. Deve-se verificar a pressão dos pneus pelo menos uma vez por mês ou antes de uma viagem mais longa. Mas, antes de tudo, é uma aposta na segurança e também importante ao nível do consumo.

Pneus com a pressão baixa gastam mais combustível, comprometem o desempenho dinâmico do veículo, reduzem a sua longevidade e sobretudo podem causar um aquecimento excessivo. A temperatura é o maior inimigo de qualquer pneu e pode levar ao desmembramento das várias misturas de borracha e das telas que o formam. Se isso acontecer pode haver um rebentamento.

Pneus com pressão excessiva têm menos aderência, menor conforto, ficam mais susceptíveis a cortes no piso e até podem causar fadiga na suspensão.

DOIS PNEUS NOVOS DEVEM MONTADOS ONDE?... Quem apenas troca dois pneus no seu automóvel depara-se geralmente com esta dúvida. Os pneus dianteiros têm geralmente um desgaste superior, seja nos veículos de tracção à frente seja até nos de tracção traseira.

Segundo nos referiu um técnico da Bridgestone de Portugal, em caso da montagem de apenas dois pneus, a sua montagem no eixo dianteiro irá criar uma falsa ideia de segurança porque o equilíbrio de aderência Frente/Traseira é alterado face ao que é normal. O condutor está habituado a veículos como menos aderência no eixo anterior.

Por isso, a montagem deve ser feita no eixo posterior, tanto mais que em condições de pouca aderência os traseiros começam por ser os mais afectados e, para além disso, é muito mais fácil e intuitivo controlar o escorregamento do eixo dianteiro.