Para muitas pessoas, os cães fazem parte da família, mas se a maioria nem sequer sonha em deixar os seus filhos viajar de carro sem o cinto se segurança posto, o mesmo raciocínio não é aplicado aos seus "amigos de quatro patas", que em diversas ocasiões não são transportados em segurança.
A marca da oval azul leva isto muito a sério e no desenvolvimento da nova Focus Station Wagon contou com a "ajuda" de Emil, o Pastor Australiano de 3 anos de idade do engenheiro Rene Berns. O objectivo era conceber um carro que permitisse aos cães viajar em segurança, sendo que para isso a Ford precisou de construir a maior casota de transporte possível de acordo com o espaço da bagageira da Focus Station Wagon.
O resultado final é diferente de tudo o que existe no mercado e, de acordo com a marca norte-americana, chega para transportar em segurança e em conforto um Irish Wolfhound, a raça com maior altura do mundo. Para que isto fosse possível foi necessário comprimir a camada de espuma no revestimento do tejadilho, alterar o comprimento dos parafusos das dobradiças e redesenhar a abertura da bagageira.
Para Grame Hall, treinador de cães conhecido como "The Dogfather", não há dúvidas: "todos os que têm um animal de estimação devem pensar na sua segurança, da mesma forma que fazem com qualquer outro membro da família", disse. "Levo sempre a minha cadela Lyli na bagageira do carro, na sua casota. Pode mexe-se à vontade e estamos todos em segurança. Acho que é mesmo a melhor segurança", atirou.
Há várias razões para que os donos optem por não transportar os seus cães dentro de caixas de transporte, sendo que 32 por cento dos donos de cães inquiridos neste estudo afirma que é por os animais não gostarem. 31 por cento referiu não haver necessidade em deslocações curtas e 14 por cento disse que opta por não fazê-lo porque não tem espaço no carro para uma casota deste tipo.
Por cada 4 inquiridos que não transportam o seu cão em segurança, mais do que 1 admitiu que o seu animal já andou de carro com a cabeça de fora da janela (26 por cento), sendo que alguns referiram mesmo que os seus cães já saltaram da janela, resultando, por vezes, em ferimentos ou na morte do esmo.
Mas há mais. Alguns condutores confessaram que já estiveram envolvidos em acidentes de viação devido a distracções com os seus animais, tais como cães que ligaram os indicadores de mudança de direcção, morderam ocupantes ou taparam a visibilidade do condutor.