A Ferrari vendeu 2.214 automóveis no segundo trimestre deste ano, o que representa um crescimento de oito por cento face a período homólogo de 2015 (+115 unidades), e o 488 teve um papel importante. As vendas de modelos equipados com o motor de oito cilindros cresceram 22%, ao mesmo tempo que as unidades equipadas com motores de 12 cilindros registaram uma quebra de 22%.
Este números são tanto ou mais curiosos quando é sabido que Enzo Ferrari não gostava de coupés de motor central. Mas no século XXI a marca de Maranello tem evoluído este tipo de arquitectura com grande sucesso. Não sabemos se o comendador dá voltas na tumba com esta opção, mas temos a certeza que os accionistas dão saltos de contentamento com o sucesso de uma geração de modelos que começou com o F430.
O 488 GTB é o mais recente coupé de motor central da Ferrari. Foi desenvolvido com base na experiência que a marca adquiriu nas corridas de GT e incorpora tecnologias desenvolvidas para a F1. Em termos de forma pode dizer-se que é uma evolução do 458 GT, mas o design foi reformulado em nome do bom gosto e da eficácia aerodinâmica, que garante muito mais apoio a um coupé de tracção traseira com um motor 3.9 V8 bi-turbo com 670 cv.
Tal como aconteceu com os modelos anteriores, o 488 GTB deu origem ao novo 488 Spider, que foi apresentado em 2015 no Salão Automóvel de Frankfurt. A maior diferença entre o coupé e o Spider passa pelo tejadilho amovível. Parece um detalhe simples, mas é um sistema complicado, gerido por vários processadores que permitem que a configuração da carroçaria se altere em meros 14 segundos.
Ferrari 488 Spider
O resultado é brilhante, mas os 50 kg inerentes aos motores e sistema e aos reforços estruturais da carroçaria poderiam condicionar as performances se a Ferrari não tivesse adoptado uma estrutura monobloco (chassis/carroçaria) que utiliza 11 ligas de alumínio combinadas com outros metais ligeiros, como o magnésio.
Foi a solução para garantir uma boa relação peso/potência e performances de outro mundo. Em 3,0 segundos é possível chegar aos 100 km/h e em 8,7 segundos aos 200 km/h. Depois é possível atingir os 325 km/h.
Ficha técnica
CARROÇARIA GTB SPIDER
MOTOR V8 turbo
CILINDRADA 3 902 cc
POTÊNCIA MÁXIMA 670 cv/8 000 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 760 Nm/3 000 rpm
PESO/POTÊNCIA 2,20 kg/cv 2,27 Kg/cv
VELOCIDADE MÁXIMA 335 km/h 325 km/h
0 A 100 KM/H 3,0 s
CONSUMO MÉDIO 11,4 litros/100 km
EMISSÕES DE CO2 260 g/Km