O lançamento de uma variante Spider de qualquer um dos super desportivos da McLaren já há muito deixou de ser uma surpresa.
Contudo, desta vez a insígnia britânica aproveitou a oportunidade para introduzir melhorias no Artura, o seu primeiro híbrido plug-in para o "público em geral".
Mais potência e uma caixa automática sequencial de oito velocidades com passagens mais rápidas são os principais trunfos, onde o coupé também não foi esquecido.
Era uma questão de tempo para a versão descapotável do McLaren Artura chegar ao mercado.
A distinguir esta proposta do coupé está o tejadilho rígido retráctil em fibra de carbono e materiais compósitos.
A abertura ou fecho do tecto faz-se em 11 segundos até 50 km/hora ou por via remota com o desportivo parado, à conta do "esforço" de oito motores eléctricos.
O peso adicional com a montagem da estrutura não penalizou demasiado este Artura Spider com chassis monocasco em fibra de carbono
São 1.560 quilos de peso total, apenas mais 62 do que o "irmão" com capota inamovível.
Claro que há um aumento do peso se se optar pelo tejadilho envidraçado electrocromático mas nada de demasiado grave para afectar as acelerações.
Afinal, a potência combinada do bloco V6 biturbo de 3.0 litros e do propulsor eléctrico foi elevada para 700 cv, com o binário a manter-se nos 720 Nm.
Tal foi conseguido com a optimização do mapeamento do motor térmico para aumentar a potência de 585 para 605 cv.
O resultado é um disparo de três segundos dos zero aos 100 km/hora, com o ponteiro a colar-se nos 330 km/hora na velocidade de ponta.
Há várias especificidades próprias na carroçaria em alumínio deste Artura Spider, a começar pelos arcos de segurança atrás dos bancos.
Também o capô do motor teve de ser redesenhado para guardar a capota retráctil, obrigando os técnicos a repensar o arrefecimento e a aerodinâmica.
As melhorias não se ficaram por estes dois pormenores, com a McLaren a reformular a curva de potência.
Além de oferecer uma experiência de condução mais envolvente, as mudanças de marcha são 25% mais rápidas do que no Artura anterior.
De fora também não ficou a revisão do sistema de escape para conseguir uma banda sonora mais emocionante.
Um estrondo que poderá ser silenciado durante mais tempo em modo "eléctrico", com a bateria de 7,4 kWh a passar dos 31 para os 33 quilómetros de autonomia.
A McLaren promete uma ligação do Artura Spider com o piloto ainda mais espectacular graças à sua evolução dinâmica.
O motor recebeu novos coxins do motor e o arrefecimento dos travões é agora mais eficiente.
A suspensão também foi recalibrada, com os amortecedores a receberem novas válvulas para melhorar o conforto e o comportamento dinâmico.
A McLaren afirma mesmo que a capacidade de resposta da suspensão Proactive Damping Control foi melhorada em 90% face à anterior.
O Artura Spider, assim como o coupé, já cumprem os requisitos da norma europeia de segurança GSR II com a inclusão de novos auxiliares de condução.
Alerta de saída de faixa e detecção do limite de velocidade são agora de série, com o aviso de ângulo cego e monitorização de tráfego traseiro a serem opcionais.
Continua ausente a manutenção de faixa, pelo menos até Julho de 2026, o que faz dele um dos raros desportivos ainda equipados com assistência hidráulica.
Uma solução que, mais do que tudo, permite oferecer um volante e uma direcção mais comunicativos do que os dos seus concorrentes.
Se por fora as diferenças do Artura Spider face ao modelo original são quase inexistentes, o mesmo se mantém a bordo.
O volante sem quaisquer teclas multifunções está equipado com patilhas para passagens de caixa ainda mais rápidas e emocionantes.
Os bancos ajustáveis comportam apoio lombar, podendo opcionalmente serem aquecidos e reguláveis por via electrónica.
O ecrã multimédia de oito polegadas com o sistema MIS II comporta as soluções de telemetria habituais na McLaren, com o painel de instrumentos a dispor de mapa de navegação.
Com as primeiras entregas previstas para meados deste ano, o McLaren Artura Spider deverá chegar ao nosso país em redor de uns milionários 300 mil euros.
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