À beira de celebrar os 50 anos da divisão M, a BMW criou o especialíssimo 3.0 CSL, que a insígnia bávara considera ser uma obra-prima da engenharia.
Esta "besta" de 560 cv de potência limitada a 50 unidades homenageia o homónimo que marcou os circuitos mundiais quando foi lançado há meio século.
A história é simples: os técnicos da insígnia de Munique, em parceria com a Alpina, decidiram mexer no motor que o BMW E9 lançado em 1968 escondia.
As devidas afinações no bloco de 3.0 litros e seis cilindros em linha elevaram os números aos 200 cv e 272 Nm
Potência e binário são passados às rodas traseiras com diferencial autoblocante através de uma caixa manual de quatro relações.
E, roubados que foram 200 quilos no peso, que lhe valeu o acrónimo Coupé Sport Leichtbau (CSL), o BMW 3.0 pesava apenas 1.165 quilos na balança.
O resultado ficou bem à vista: em pura aceleração, cumpria os zero aos 100 km/hora em 7,3 segundos para uma velocidade de ponta de 220 km/hora.
Curioso é que a asa traseira do 3.0 CSL coupé não estava homologada para circular em estrada aberta, por isso era removível e guardado na bagageira.
Embora tendo como base o M4 Coupé, são tantas as modificações feitas que fazem do BMW 3.0 CSL um desportivo completamente distinto.
E, como na edição original, um dos principais objectivos foi roubar o máximo de peso para aumentar e melhorar o seu desempenho em pista.
Não é por isso uma surpresa o uso abusivo de plástico reforçado com fibra de carbono em diversos elementos da carroçaria.
Entre eles estão o tejadilho, o capô, a bagageira, as saias laterais, a asa e o difusor traseiros, a estrutura dos bancos e até os painéis interiores das portas.
Foram ainda aplicados outros materiais ligeiros, como o plástico reforçado com fibra de vidro na asa do tejadilho, titânio em vez de aço nas ponteiras de escape, e alumínio forjado nas rodas.
Os bancos traseiros também foram eliminados ,dando lugar a dois espaços próprios para guardar os capacetes, e o material de insonorização do habitáculo foi reduzido ao mínimo.
A BMW não indiciou quanto pesa desportivo com estas alterações mas adiantou que a relação peso/potência é de 2,9 kg/cv, o que faz supor um peso de 1.625 quilos.
Há várias semelhanças mecânicas neste BMW 3.0 CSL que recordam o antecessor dos anos 70. O motor mantém-se como um seis cilindros em linha, mas agora turboalimentado.
A caixa é manual de seis relações e a tracção traseira dispõe do diferencial autoblocante Active M. Os 560 cv (e 550 Nm de binário) que desenvolve superam em 50 cv a potência do M4 Competition, e em 9 cv a do M4 CSL.
Várias e substanciais modificações foram feitas para reforçar o desempenho em pista. A cambota é forjada e o cárter é mais rígido, enquanto os sistemas de refrigeração e de alimentação do óleo do motor foram melhorados.
A travagem é assegurada por discos de carbono-cerâmicos de 400 mm à frente, com pinças de seis pistões, e de 380 mm atrás, com pinça flutuante de pistão único.
As rodas em alumínio forjado, pintadas em dourado e com fixação central, são de 20 polegadas à frente e de 21 polegadas atrás.
Os pneus Pilot Sport 4S da Michelin são específicos deste desportivo, com o 50 gravado nos flancos a recordar o 50.° aniversário da BMW M.
O BMW M 3.0 CSL em questão recupera os elementos e a decoração que recordam o histórico desportivo a que presta tributo.
Estão lá os enormes guarda-lamas sobre as rodas traseiras, a asa traseira dupla, as jantes douradas e o tom amarelado dos faróis Laser Light da BMW.
A chapa tem por base a cor Alpin White original, recoberta à mão com os tons vermelho, azul escuro e e azul claro da BMW M.
O interior mantém as principais linhas do M4 CSL coupé, mas os bancos em fibra de carbono e revestidos a Alcantara são específicos do M 3.0 CSL.
Aliás, a sua regulação em altura e inclinação só pode ser feita num concessionário da marca com ferramentas específicas.
À frente do banco do condutor está uma placa a indicar o número da edição especial de 50 exemplares.
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