Já se conhecem as formas do novo Continental GT Speed da Bentley que irá chegar às estradas deste planeta já neste Verão, devidamente acompanhado pelo "irmão" GTC para gozar a vida sem capota.
São 782 cv e 1.000 Nm para este híbrido plug-in cheio de raça, à conta da união dum V8 biturbo de 4.0 litros a um propulsor eléctrico, com a bateria de 25,9 kWh a oferecer até 81 quilómetros de autonomia.
Face a tal poder na estrada, não é nenhuma surpresa que este coupé cumpra em 3,2 segundos os zero aos 100 km/hora, menos quatro décimas de segundo do que o antecessor.
Espinha dorsal na oferta da Bentley nos últimos 20 anos, o Continental GT sofreu uma forte remodelação na estética e na mecânica, mantendo o perfil fastback mas com uma elegância mais musculada.
O seu desenvolvimento não partiu duma folha em branco, no entanto, já que um terço dos seus componentes são derivados do antecessor.
À frente, as ópticas duplas foram abandonadas por uma peça única, numa abordagem que anuncia uma revolução estilística para os futuros modelos da insígnia britânica mas sem perder a enorme grelha.
Os faróis Matrix LED são complementados por uma "sobrancelha" horizontal que se estende para as laterais, numa alusão ao protótipo eléctrico EXP 100 GT de 2019, depois replicado no exclusivo Bacalar.
Os farolins mantiveram a forma oblonga mas agora "protegidos" pela asa traseira integrada na porta da bagageira, que os engenheiros da marca afirmam ser eficaz na produção da força descendente.
As linhas mais suaves da carroçaria realçam elementos como o capô quase a perder de vista enquanto o pára-choques atrás acentua a largura do desportivo, sem esquecer o impacto das rodas de 22 polegadas.
Já o Continental GTC Speed permanece fiel à capota de tecido, com abertura e fecho eléctrico em 19 segundos a uma velocidade máxima de 50 km/hora.
O interior deste coupé 2+2 segue uma linha de estilo mais conservadora, numa antítese quase perfeita ao visual exterior muito musculado.
O tabliê muito limpo mostra três mostradores que "desaparecem" quando se pressiona um botão para dar lugar ao ecrã de 12,3 polegadas dedicado ao infoentretenimento.
É compatível com Apple CarPlay e Android Auto mas a insígnia britânica está a lançar uma loja online de aplicações directamente integrada no sistema multimédia.
Novos estofados acolchoados cobrem os painéis das portas e os bancos ajustáveis em 20 níveis num habitáculo onde os acabamentos de luxo se destacam.
Os equipamentos de conforto também evoluíram, com o sistema de ar condicionado, com ionização e filtro de partículas, ligado ao GPS para adaptar-se automaticamente ao ambiente.
Quanto aos auxiliares de condução, actualizáveis por via remota, pode contar-se com um sistema de estacionamento semi-autónomo controlado a partir do telemóvel.
Um dos aspectos técnicos mais importantes nesta quarta geração do Continental GT Speed está mesmo no novo sistema Ultra Performance Hybrid.
Na sua génese está um V8 biturbo de 4.0 litros com 600 cv e 800 Nm, aliado a um propulsor eléctrico de 140 kW (190 cv) e 450 Nm.
Os 782 cv e 1.000 Nm passados às quatro rodas via caixa automática de dupla embraiagem com oito relações levam-no até aos 100 km/hora em 3,2 segundos para uma velocidade máxima de 335 km/hora.
A construtora afirma ter tido um cuidado extremo com a banda sonora dos escapes e salienta que não são usados altifalantes para ensurdecer quem vai a bordo.
A bateria de 25,9 kWh, montada atrás do eixo traseiro, oferece uma autonomia até 81 quilómetros, sendo recarregável a 11 kW em corrente alternada.
Com quatro rodas direccionais e tracção integral com vectorização de binário, possui barras estabilizadoras activas, designadas como Dynamic Ride numa arquitectura eléctrica de 48 volts.
A compor a suspensão estão molas pneumáticas de duas câmaras e amortecedores adaptativos de duas válvulas, com o eixo traseiro a comportar um diferencial autoblocante electrónico.
O controlo de estabilidade pode ser desligado, embora a marca afirme que, com ele activado e com o modo de condução Dynamic, é possível saborear o deslizamento das rodas traseiras nas acelerações.
E a travar o bólide estão discos de 420 mm à frente com pinças de dez êmbolos, e de 380 mm atrás com pinças de quatro pistões, podendo ser trocados opcionalmente por discos carbono-cerâmicos.
Assumido pela Bentley é a configuração do chassis assegurar ainda mais conforto na condução quando seleccionado o modo Comfort, enquanto no modo Sport a carroçaria tem um controlo ainda mais efectivo.
Original é o facto do coupé ter estabelecido o oficioso "recorde de velocidade subaquática" no Túnel Ryfylke, na Noruega, considerado a via rodoviária submarina mais longa e profunda do planeta.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?