A Ferrari mostrou o novo FXX-K EVO, que será disponibilizado numa série limitadíssima como um "pacote" evolutivo do modelo utilizado por clientes especiais em "corridas especiais".
É uma proposta inserida no "Programa XX" lançado em 2005 para oferecer a clientes exclusivos a emoção única da experência de veículos desenvolvidos a pensar na condução e que não estão homologados para andar na estrada, nem sequer para os campeonatos oficiais.
O cliente de um destes carros só o pode utilizar no quadro de um programa exclusivo, promovido pela Ferrari, destinado a clientes interessados em pagar cerca de quatro milhões de euros por um modelo que só pode participar em nove provas de um calendário previsto para 2018/2019.
O FXX-K EVO mantém o mesmo sistema híbrido da versão original e continua a debitar 1.050 cv, dos quais 860 cv surgem do motor V12 de combustão interna e os restantes 190 cv são gerados pelo motor eléctrico. A grande evolução passa pela aerodinâmica desenvolvida em parceria entre os engenheiros e os designers do "Centro Stile Ferrari", o que permitiu garantir valores de apoio vertical ao nível do oferecidos pelos GT’s que participam nas grandes provas internacionais.
Este coeficiente de carga foi aumentado em 23%, o que equivale a um valor 75% superior aos disponível no LaFerrari. A carga chega aos 640 kg a uma velocidade de 200 km/h e ultrapassa os 830 kg na velocidade máxima do modelo.
A evolução passa ainda pela adopção de uma asa traseira fixa, com um perfil biplano, sustentado nas extremidades e por um apoio central, que também contribui para melhorar a estabilidade direccional. Esta asa funciona em conjunto com o spoiler traseiro e o efeito destes dois elementos contribui para minimizar a turbulência, "limpando" o ar das saídas da refrigeração que libertam o fluxo de ar que passa pelos radiadores.
O desenho da traseira foi revisto para respeitar as novas exigências aerodinâmicas e isso é evidente na forma do enorme difusor posterior, que escoa o ar que passa sob o veículo. Esta alteração permitiu garantir mais 5% de apoio aerodinâmico.
O aumento da carga aerodinâmica na traseira teve de ser equilibrada com a frente onde o pára-choques e o "fundo-plano" foram redesenhados. Estas alterações permitiam melhor o "efeito de solo" que colo o carro ao asfalto.
A potência do motor não se alterou, mas houve uma evolução importante no campo das performances e isso exigiu uma evolução da travagem, que passou a contar com novos tomadas de ar para a refrigeração e a suspensão teve de ser evoluída.
No interior, a maior alteração passa pelo volante, derivado do que é utilizado nos monolugares de F1, integrando as patilhas da caixa de velocidades e o comando do sistema Kers, o que permite recuperar a energia das travagens. O ecrã que mostra imagens da traseira cresceu, chegando às 6,5 polegadas.