A pandemia da Covid-19 levou milhares de pessoas um pouco por todo o mundo a adoptarem novos estilos de vida.
Um americano foi um dos que recusou o confinamento caseiro e optou antes por uma viagem inédita ao Círculo Polar Árctico… com um Ferrari 308 GTSi de 1982!
Brian Whalen ganhou o super desportivo em 2019 num leilão do portal Bring a Trailer. "Já tinha mais de 80 mil quilómetros feitos quando o comprei, o que o tornava um bom candidato para uma longa viagem", afirmou o aventureiro.
"E como nunca seria um desses carros de seis dígitos, pensei então fazer a viagem e ver o que poderia acontecer".
A empresa para a qual trabalha não se importou que ele trabalhasse por via remota, o que lhe permitiu andar na estrada.
O Ferrari 308 GTSi mostrou-se surpreendentemente fiável na viagem pelos Estados Unidos e Canadá, até decidir terminar a jornada no Alasca.
"Não fazia ideia de como tudo iria acabar", explicou Whalen ao Yahoo News. "Prudhoe Bay parecia ser o fim da estrada, o mais longe que se pode ir de carro neste país".
A Dalton Highway, única estrada americana acima do Círculo Polar Ártico, foi construída para abastecer os operários da indústria petrolífera situada mesmo ao lado do oceano Árctico.
A maior parte dos quase 700 quilómetros que a via tem não está alcatroada e o trânsito é marcado por camiões com atrelados a grande velocidade.
Para além das rodas e pneus especiais que comprou para a viagem, Whalen montou a bagagem e dois pneus sobressalentes sobre a tampa do motor.
Instalou ainda uma antena e um rádio CB para comunicar com os muitos camionistas que circulam na Dalton Highway.
Além de uma reparação não planeada para substituir a correia do alternador, o super desportivo não apresentou problemas mecânicos de maior.
A velocidade média não ultrapassou os 60 km/hora, muito devido às condições do piso e às sucessivas paragens para tirar fotografias.
Os guinchos e barulhos dentro do habitáculo eram quase permanentes mas despareceram assim que o carro voltou ao alcatrão.
Whalen conduziu cerca de 1.600 quilómetros durante dois dias e meio para ir e voltar de Prudhoe Bay. Foi uma jornada com momentos tensos, como seria de esperar numa estrada com aquelas características, mas repleta de sucesso.
E o piloto amador ganhou uma nova paixão pelo Ferrari 308 GTSi, passados quase 35 mil quilómetros a guiá-lo, ao ponto de querer mantê-lo para sempre.
E não põe de lado fazer com ele uma nova jornada… mas agora ao hemisfério sul, até aos confins do Chile e da Argentina.
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