É mais um super carro delirante que faz palpitar com mais força o coração de qualquer apaixonado por desportivos de excepção.
Chama-se Utopia o novo porta-estandarte da Pagani que sucede ao Huayra, uma verdadeira "besta".
Revelado ao mundo esta segunda-feira, monta um bloco V12 biturbo de 6.0 litros criado especificamente pela Mercedes AMG para este modelo.
Sem qualquer tipo de electrificação, desenvolve 864 cv às 6.000 rotações por minuto, e 1.100 Nm entre as 2.800 e as 5.900 rpm.
Potência e binário são passados às rodas traseiras através de uma caixa manual ou semi-automática Xtrac de sete relações com diferencial electro-mecânico.
Os números de desempenho nem sequer foram revelados; para quê perante esta jóia sobre rodas?
Não será nenhuma surpresa que consiga acelerar em 2,8 segundos dos zero aos 100 km/hora para uma velocidade máxima a bater nos 340 km/hora.
Percebe-se neste Utopia a inspiração que foi beber ao Pagani Zonda mas com linhas bem mais fluidas e sem elementos aerodinâmicos ostensivos.
Tudo está bem integrado, quase se assemelhando a um LMP1 preparado para atacar as 24 Horas de Le Mans.
O "esqueleto" é formado por um chassis monocasco em novos materiais compósitos como o carbo-titânio e o carbo-triax que reforçam a rigidez torcional.
Sobre o chassis está montada uma carroçaria em fibra de carbono muito aerodinâmica, a reflectir as muitas horas passadas no túnel de vento.
O resultado final é uma silhueta limpa de elementos supérfluos, resultado de um desenvolvimento que levou seis anos a ser aperfeiçoado.
A aerodinâmica optimizada é assegurada pelo divisor dianteiro e pelas duas asas traseira, ligadas sobre as quatro ponteiras de escape.
Construídas em titânio e com revestimento cerâmico para melhorar a dissipação do calor, o conjunto pesa pouco mais de seis quilos.
Aliás, a preocupação em manter um peso reduzido é notória neste Pagani Utopia, ao pesar apenas 1.280 quilos.
Nas laterais distinguem-se os farolins LED, inspirados nas turbinas a jacto, e que quase parecem estar suspensos no ar.
A maneira como estão montados os componentes da suspensão são um verdadeiro prazer para o olhar.
O esquema passa por triângulos duplos sobrepostos em alumínio forjado, e molas helicoidais e amortecedores semi-activos controlados por via electrónica.
Jantes APP Tech em alumínio forjado, de 21 polegadas à frente e de 22 atrás fazem a ligação ao solo.
Nelas estão incluídas extractores de ar em fibra de carbono para dissiparem o calor produzido pelos travões e reduzir a turbulência sob o super desportivo.
A "calçá-las" estão pneus Pirelli P Zero Corsa 265/35 R21 e 325/30 R22, que podem ser trocados por pneumáticos de Inverno Pirelli Sotto Zero.
Atrás das rodas estão discos carbono-cerâmicos ventilados, com 410 mm de diâmetro e pinças de seis pistões à frente, e 390 mm com pinças de quatro pistões atrás.
O interior do Pagani Utopia é simples quanto baste, mas com um visual moderno e sofisticado.
O ecrã central multimédia desapareceu, privilegiando antes o painel atrás do volante, ladeado pelos mostradores do conta-rotações e do velocímetro.
Os restantes mostradores, com informações sobre as pressões do turbo e do óleo, assim como as temperaturas da água e do óleo, estão ao centro do trabliê.
Sob os comandos manuais do ar condicionado está a manete da caixa de velocidades manual segundo a filosofia dos clássicos carros de corrida.
Exclusivo quanto baste, a produção está limitada a 99 exemplares e, apesar do seu preço, aparentemente a produção já está esgotada.
Cada unidade tem um preço de 2,17 milhões de euros antes das inevitáveis personalizações.
Já segue o Aquela Máquina no Instagram?