Há um novo super carro para deslumbrar os apaixonados por desportivos de excepção, mesmo que os circuitos de competição pareçam ser o seu destino final.
Chama-se Praga Bohema e é um "foguete" com mais de 700 cv de potência, alimentado pelo mesmo bloco V6 biturbo de 3.8 litros que equipa o poderoso Nissan GT-R.
Romain Grosjean já lhe deitou as mãos e as primeiras impressões do piloto da IndyCar Series são mais do que emocionantes.
É considerado um dos construtores mais "secretos" da indústria automóvel europeia e, no entanto, a Praga tem já um historial de 115 anos na República Checa.
Reconvertida aos modelos de luxo há 20 anos, revelou agora a mais recente obra de arte saída dos seus estúdios.
Chama-se Bohema e este super carro de linhas futuristas teve o contributo especial de Romain Grosjean para o testar em pista.
Com apenas 982 quilos de peso, na sua base está um chassis monocasco em fibra de carbono, com os painéis a serem no mesmo material.
As linhas profundamente aerodinâmicas são distinguidas por um longo capô e por uma dianteira ondulada enquanto atrás um escape central duplo é emoldurado por um enorme difusor.
Uma asa traseira de grandes dimensões, testada no túnel de vento de uma equipa de Fórmula 1, assegura uma força descendente de 900 quilos a 250 km/hora.
O V6 biturbo de 3.8 litros do Nissan GT-R é montado no chassis em posição central traseira, associado a um sistema de escape em titânio.
O motor é desmontado pelos engenheiros da Praga para o converter em cárter seco, de maneira a reduzir o seu tamanho e evitar o risco de "picos" de óleo quando as curvas são feitas a alta velocidade.
São ainda somados novos turbos ao propulsor, para torná-lo ainda mais fiável e extrair dele 710 cv às 6.800 rotações por minuto, e 724 Nm entre as 3.000 e as 6.000 rpm.
Potência e binário são passados às rodas traseiras através de uma caixa sequencial Hewland de seis relações, com a embraiagem robótica a dar-lhe um modo semi-automático para uma condução mais confortável.
O desempenho em estrada é mais do que prometedor: menos de 2,3 segundos para chegar aos 100 km/hora, para uma velocidade de ponta a ultrapassar os 300 km/hora.
Aliás, é objectivo da insígnia checa conseguir tempos em pista semelhantes aos conseguidos por um GT3 de competição.
À semelhança de muitos carros de competição, o Praga Bohema está equipado com amortecedores ajustáveis.
Os discos de travão carbono-cerâmicos de 380 mm, com pinças de seis pistões, são escondidos por jantes em liga leve de 18 polegadas à frente, e de 19 polegadas atrás.
Os técnicos conseguiram manter a massa não suspensa limitada a 180 quilos, para uma condução flexível em estradas normais, evitando recorrer a uma suspensão adaptativa demasiado pesada.
Romain Grosjean, que já levou o bólide para o circuito, mostra a sua surpresa com o desempenho em pista e na estrada mas, principalmente, a facilidade com que é feita a transição entre ambos os ambientes.
"O Praga realmente cumpriu as minhas expectativas", explica o ex-piloto de Fórmula 1. "Na estrada, a condução é tranquila mas basta mudar o foco para parecer que se está numa pista".
Também derivada do mundo da competição está o desenho do habitáculo do super carro, concebido para duas pessoas.
Marcado por uma atmosfera minimalista, o painel da instrumentação está no centro do volante remóvivel e vários controlos estão na consola central, com os bancos ajustáveis e as superfícies revestidos a Alcantara.
Limitado a 89 exemplares, para celebrar os 89 anos da vitória do Praga Alfa nas 1.000 milhas da Checoslováquia, o Praga Bohema é proposto a partir dos 1.3 milhões de euros.
A entrada na linha de montagem arranca em meados de 2023, com a fabricante a prever construir 20 exemplares por ano.
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