É mais uma "bomba" para todos aqueles que amam emoções fortes ao volante de um desportivo superlativo.
Brabus Rocket 900, assim se chama o mais recente tratamento de choque dado pela preparadora germânica ao Mercedes-AMG GT S 4MATIC+.
Apenas com um olhar de relance, percebe-se de imediato que vão longe os dias em que a Brabus se contentava a retocar a mecânica dos super carros que lhes chegavam às mãos.
O "vulgar" Mercedes Classe E, por exemplo, escondia sob uma carroçaria "banal", digamos assim, um bloco V12 de 7.3 litros com 574 cv, com jantes de liga leve específicas e sem a característica estrela que adorna o capô.
Afinal, era apenas a berlina mais rápida do planeta, capaz de bater nos 330 km/hora de velocidade de ponta.
Com o Rocket 900, a Brabus abandona essa discrição e exibe, com orgulho, o ADN ultrajante que imprimiu neste Mercedes-AMG GT de quatro portas requintado.
E, verdade se diga, nada tem a ver com o Rocket 900 com que antes tinha baptizado o Mercedes Classe S de 900 cv que também transformou.
As alterações estéticas na carroçaria vislumbram-se de imediato nos guarda-lamas, mais largos em 78 mm atrás do que o modelo, digamos, mais "civilizado" em que se baseia.
O enorme difusor e a asa traseira, ambos em carbono, entram-nos pelos olhos dentro, ideia reforçada por um pára-choques dianteiro aberto e agressivo quanto baste, e por um spoiler adornado por vistosas entradas de ar.
Todo o conjunto é apoiado por umas imponentes jantes de liga leve de 21 polegadas à frente para os pneus Pirelli 295/30 ZR 21 P-Zero, e de 22 polegadas atrás para os pneumáticos 335/25.
E, mesmo que tenha recebido um expressivo tratamento em carbono, o super coupé continua a pesar 2.560 quilos…
O habitáculo, que pode ser personalizado a preceito segundo o conceito Brabus Masterpiece, reflecte o espírito ultra-violento do Rocket 900.
Os pespontos em cinza contrastam com a pele preta e o revestimento Alcantara dos bancos e dos painéis, enquanto elementos em carbono detalham o espírito desportivo do super bólide.
Passando ao que está por baixo do capô, percebe-se que o bloco V8 biturbo que equipa as versões actuais do Mercedes-AMG 63 foi remexido de forma extrema para lhe retirar a máxima potência, como se a Brabus fosse, ela própria, a construtora do motor.
A cilindrada de 4.0 litros foi elevada para os 4.5, com o curso a ser aumentado em 100 mm. Uma nova cambota, complementada por novos pistões e bielas, dão ao motor um vigor rejuvenescido, com os dois novos turbos a explodirem a 1.4 bar.
Com 900 cv de potência e limitado a um binário de 1.050 Nm, embora o V8 biturbo consiga produzir 1.250 Nm, dispara em 2,8 segundos dos 0 aos 100 km/hora, demorando 9,7 segundos para bater nos 200 km/hora e 23,9 segundos para chegar aos 300 km/hora.
A velocidade máxima está limitada electronicamente aos 330 km/hora, muito por "culpa" dos pneus, sendo toda a potência passada às quatro rodas através da transmissão desportiva SpeedShift MCT de nove relações.
Para obter o melhor desempenho, a suspensão Brabus Airmatic Sport rebaixa a carroçaria ao solo em 25 mm quando seleccionada o modo Sport.
O preço é também uma "agradável" surpresa: 435.800 euros na Alemanha, excluindo taxas, sabendo-se que apenas chegarão ao mercado dez exemplares devidamente assinalados por uma placa colocada na consola central.
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