A Volvo Cars é o primeiro fabricante automóvel a implementar um preço interno para o dióxido de carbono emitido em todas as suas operações globais.
A empresa irá cobrar 1.000 coroas suecas (cerca de 100 euros) a si própria por cada tonelada de CO2 emitida ao longo das suas operações.
Este valor é substancialmente mais elevado do que aquele recomendado pelas organizações mundiais, onde se inclui a Agência Internacional de Energia.
A medida foi anunciada esta quarta-feira por Håkan Samuelsson, presidente da Volvo Cars, na assinatura da Declaração de Glasgow para Zero Emissões de veículos ligeiros e pesados
O documento foi apresentado no âmbito da Conferência do Clima COP26 como parte integrante do Dia Mundial dos Transportes.
A Declaração de Glasgow assinala o compromisso dos líderes mundiais industriais e dos governos para serem capazes de eliminar os veículos alimentados a combustíveis fósseis até 2035 dos principais mercados, e até 2040 de todo o mundo.
Recorde-se que a Volvo Cars pretende atingir um impacto climático neutro em 2040.
A implementação do preço interno significa que todos os futuros projectos automóveis da empresa serão avaliados pela "variável de sustentabilidade".
Será assim imposto um custo por cada tonelada antecipada de emissões de CO2 que esses projectos tenham ao longo do seu ciclo de vida.
O objectivo é que cada automóvel consiga ser rentável, mesmo quando aplicado este esquema de preços de carbono, para assegurar as melhores decisões na cadeia de fornecedores e na produção.
A empresa também irá implementar uma mudança nos seus relatórios financeiros de forma a tornar ainda mais transparente a informação fornecida sobre o sucesso da sua estratégia de electrificação e sobre a sua transformação global.
Para isso, a Volvo Cars irá começar, já a partir de 2022, a publicar relatórios trimestrais sobre o desempenho financeiro dos seus negócios eléctricos e não eléctricos.
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