O início das aulas serve, normalmente, de barómetro para anunciar o fim do Verão e o regresso ao trabalho.
Setembro assume-se, nestes casos, como o mês de todos os perigos para quem é obrigado a andar na estrada todos os dias… e, não raras vezes, são os trajectos mais curtos os que podem causar maiores dissabores.
Num ano em que a chuva voltou a ser notada pela sua ausência, as sujidades e as gorduras que se foram acumulando no alcatrão apenas estão à espera das minhas primeiras gotas de água para tornarem as vias em verdadeiros ringues de patinagem.
Com o Outono à porta – chega já este fim-de-semana com o Instituto de Meteorologia a anunciar chuva em todo o País –, os automobilistas vêem-se obrigados a tomar medidas suplementares de precaução… a menos que gostem de visitar os bate-chapas com frequência.
Sim, os dias já estão bem mais curtos do que há três meses atrás, e ainda nem sequer se chegou ao último fim-de-semana de Outubro, para o relógio ser atrasado 60 minutos para entrar na hora de Inverno.
Se a visibilidade na estrada começa a ser mais reduzida, o que fazer quando ela se torna ainda mais difícil devido ao mau tempo?
Ter as luzes do carro em condições é uma boa ideia, já que elas não servem apenas para ver melhor a via e os obstáculos que nela encontramos.
Os outros condutores também gostam de ver (e não sentir) a nossa presença na estrada para não haver encontros imediatos.
Não deixa, por isso, de ser uma óptima ideia confirmar se todas as lâmpadas estão a funcionar e se a luz que dão é a suficiente para ver o que está à nossa frente.
Caso isso não aconteça, a solução é muito simples: comprar novas lâmpadas e substituí-las aos pares, de maneira a evitar intensidades diferentes.
Os reflectores e os plásticos dos faróis também devem estar limpos, por fora e por dentro, exactamente para evitar uma iluminação ou reflexão baça.
Sim, são daqueles acessórios em que só nos lembramos de substituir quando caem as primeiras gotas de água e nos apercebemos que as borrachas estão ressequidas por causa do sol
E muito menos divertido é quando conduzimos em noites de chuva, ao vermos as escovas a deixarem aqueles riscos de água espalhados pelo pára-brisas a cada passagem.
Não vale a pena arriscar: substitua as escovas o mais rapidamente possível antes que seja confrontado com a situação. Afinal, em menos de dez minutos a troca fica resolvida.
Tratemos agora dos vidros, que nesta altura do ano começam a ganhar aquele embaciamento que é normal em dias de elevada humidade.
Como ainda não se "inventaram" escovas para limpar o pára-brisas por dentro do habitáculo, não será má ideia socorrermo-nos do ar condicionado para resolver a situação.
Além disso, para uma limpeza mais eficaz aproveite para lavar os vidros com regularidade com um limpa-vidros vulgar.
Para locais onde a humidade persiste em fazer estragos, use produtos específicos anti embaciamento e hidrofóbicos.
É daquelas situações que nos devem deixar logo alerta quando, logo pela manhã, abrimos as portas do carro e quase parece que choveu dentro do habitáculo, tal é o índice de humidade.
Já na estrada, conduzir ao vento e à chuva põe de imediato à prova o estado das borrachas vedantes das portas, janelas, motor e bagageira.
Há no mercado produtos de hidratação para borrachas que ajudam a prolongar a sua "vida" útil. Em muitos casos, no entanto, principalmente se o automóvel já tem mais anos do que seria aconselhável para circular na estrada, a sua substituição é irreversível… e não é barato!
São daqueles componentes que muitos dos automobilistas vão adiando a sua substituição até ao limite, não raras vezes devidos aos custos que estas operações comportam.
Comecemos pelos pneus, que acaba por ser a solução mais rápida. Um olhar mais desatento ao rasto dos pneumáticos permite ver, de imediato, se os sulcos ainda mantêm a profundidade que a lei exige para o carro poder circular.
A questão, contudo, nem sequer tem a ver com o risco de sofrer uma penalização policial mas sim com a nossa segurança e com a daqueles com que nos cruzamos.
Afinal, sendo os elementos que estão em contacto directo com o piso encharcado, não será a primeira vez que sentimos o carro a deslizar, ao ponto de atirar-nos disparados para fora da estrada.
Resolvida esta questão, olhemos com um pouco mais atenção para os amortecedores, já que são os acessórios que "colam" os pneus à estrada.
Sentirmos as rodas a "saltitar" quando circulamos, mesmo a baixas velocidades, significa que o desgaste já comprometeu a força do amortecimento.
A situação ganha contornos ainda mais arriscados quando descobrimos que os travões também já não têm a capacidade para imobilizar a viatura como antes acontecia.
Seja pelo mau estado dos discos ou pelo fim de vida das pastilhas de travão, aliados a um circuito e a uma bomba de travagem que já viu melhores dias, são daqueles casos que nos obrigam a ir à oficina o mais depressa possível
Serão estes cuidados tão necessários para circular em segurança na estrada? Sem qualquer dúvida!
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