O SEAT 600 de 1957 e o actual Mii foram criados para responder às necessidades da mobilidade urbana em duas épocas totalmente distintas. Há 60 anos de distância entre estes dois automóveis e um mundo de diferenças entre eles. Por isso destacamos as seis alterações mais marcantes que mostram a evolução vertiginosa do mundo automóvel, mas muitas outras são mais do que evidentes nas imagens da nossa galeria...
1- VOLUME DA BAGAGEIRA. Apesar do carácter urbano, os pequenos familiares também procuraram responder às necessidades da família. Ambos podem acolher, melhor ou pior, cinco pessoas, mas a diferença entre a capacidade do porta-bagagens é abismal: o 600 apenas oferecia 68,5 litros de volume sob o capot dianteiro, porque o motor estava colocado atrás. O Mii garante 238 litros na traseira.
2- ABERTURA DAS PORTAS. A abertura das portas do 600, da frente para trás, foi uma proposta inovadora para maximizar a acessibilidade a um habitáculo onde os bancos procuravam garantir o máximo conforto com o menor volume possível, um objectivo difícil. As portas do Mii abrem de trás para a frente e os bancos gordos garantem um conforto que não se pode comparar com o de outros tempos.
3- SEGURANÇA. No tempo do 600 não havia cintos de segurança ou apoios de cabeça que reduzissem os efeitos de uma colisão. Na época apenas 40% do corpo estava verdadeiramente apoiado no assento. Hoje, mesmo "minis" como o Mii têm cintos de segurança, apoios de cabeça e quatro airbags, para além de disponibilizarem os mais modernos sistemas de ajuda à condução, como os auxiliares de travagem de emergência, detecção automática de risco de colisão, estruturas de absorção de energia em caso de embate e tecnologias que há 60 anos eram inimagináveis.
Entre o SEAT 600 e o Mii há 60 anos de evolução automóvel
4- SERVO-ASSISTÊNCIAS. Nos anos 50, manobrar para estacionar um 600 exigia muita força de braços. Não estava disponível a direcção assistida, o que contrasta com o sistema electro-hidráulico disponível nos Mii. Mas também era necessária alguma habilidade para efectuar qualquer mudança de velocidade, sobretudo nas reduções, onde só alguns conseguiam fazer o "ponta/tacão" para subir a rotação e facilitar a mudança.
5- PRODUÇÃO. A SEAT produziu cerca de 800 mil unidades do 600 entre 1957 e 1973. Foi o automóvel que colocou Espanha sobre rodas. A produção de cada um destes modelos exigia 40 horas de trabalho, o que contrasta com as 16 horas necessárias para realizar um Mii.
6- CONSUMOS. Tanto o 600 como o Mii são citadinos, mas também estão prontos a responder às necessidades familiares, que passam por sair da cidade. Em termos de consumos, a SEAT anunciava, na época, uma média de 7,8-8,0 litros /100 km, valores que contrastam com os 4,5 litros/100 km anunciados para o Mii.