A Hyundai Portugal e a Honda Portugal Automóveis já reagiram à aprovação da limitação aos incentivos fiscais para viaturas híbridas e híbridas plug-in pela Assembleia da República, no âmbito da discussão do Orçamento de Estado para o próximo ano.
Já a ARAN – Associação Nacional do Ramo Automóvel, sublinha que o Governo está a destruir um sector
"para garantir votos no OE 2021".
A proposta do PAN, foi aprovada na especialidade pelo PS, BE e PAN, com os votos contra do PCP, CDS, Iniciativa Liberal e Chega, e a abstenção do PSD, limita os benefícios concedidos à compra de veículos híbridos e híbridos plug-in.
"Os portugueses vão pagar mais para terem carros amigos do ambiente", sublinha a Hyundai enquanto a Honda afirma que "a medida representa um aumento significativo no preço das viaturas menos poluentes".
A insígnia japonesa revolta-se por a "imposição precipitada de uma medida com consequências tão graves", quer para o sector automóvel, quer para o ambiente, "sem uma discussão prévia com os principais intervenientes, é incompreensível e constitui uma enorme irresponsabilidade".
A Hyundai afina pelo mesmo diapasão, numa altura em que o ramo automóvel assiste a uma quebra na venda de veículos novos superior a 35%.
"É difícil compreender como uma medida com um impacto tão significativo tenha sido tomada de modo unilateral, sem que o sector tenha sido previamente consultado".
A proposta do PAN, aprovada na quinta-feira, tem por objectivo corrigir as "distorções relativas aos motores híbridos" no cálculo do Imposto Sobre Veículos (ISV)], do IRC e do IVA, com a "introdução de critérios na lei que restrinjam os apoios a híbridos e híbridos plug-in".
Os critérios em causa incidem sobre todos os veículos com uma autonomia superior a 50 quilómetros em modo eléctrico.
Segundo o PAN, "o facto de os motores serem híbridos, híbridos ‘plug-in’ ou a gás não garante, por si só, um menor nível de emissões".
A proposta orçamental foi aprovada na Assembleia da República, na generalidade, a 28 de outubro, com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PCP, PAN, PEV e das deputadas Joacine Katar Moreira e Cristina Rodrigues. O PSD, BE, CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal votaram contra.
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