Gerard Detourbet, um dos grandes responsáveis pelo sucesso da Dacia, faleceu na passada sexta-feira, com 74 anos.
Desconhecido para grande parte do público, Detourbet foi muito importante para a Renault desde que lá chegou, em 1971, para assumir a direcção informática. Subiu até à direcção da área mecânica e por lá ficou até ir parar ao Tecnocentro Renault.
Depois disso, seguiu-se a segunda etapa da carreira de Detourbet, na Roménia, para o arranque da produção do Logan. Ficou responsável por voltar a colocar a fábrica de Pitesti em funcionamento e por arrancar com o fabrico deste modelo.
Determinado e conhecido por "pensar ao cêntimo", fez as contas necessárias para gerir de forma quase perfeita as equipas e os orçamentos ao seu dispor e se isso foi verdade para o Logan, também se verificou nos dois modelos seguintes da fabricante romena: Sandero e Duster.
O resultado está à vista de todos, já que esta marca "low cost" já representa, aos dias de hoje, mais de 40% das vendas do Grupo Renault.
Mas não pense que a carreira de Gérard Detourbet se confinou à Dacia, é que em 2011 recebe um aliciante convite de Carlos Ghosn, que lhe entrega o projecto do Renault Kwid, um modelo "low cost" que foi lançado na Índia em 2015 e, mais tarde, no Brasil.
Acabou por falecer na última sexta-feira, aos 74 anos, depois de dois anos a lutar contra um cancro.