Sergio Marchionne, antigo CEO da Fiat Chrysler Automobiles e da Ferrari, faleceu esta manhã no hospital onde estava internado, em Zurique. Tinha 66 anos. A sua morte foi confirmada esta quarta-feira pela EXOR, empresa controlada pela família Agnelli e que detém a FIAT.
Marchionne foi internado de emergência no passado fim-de-semana depois de complicações decorrentes de uma cirurgia ao ombro que fez no final do mês de Junho. Durante esta intervenção, realizada para tratar um cancro, o italiano sofreu uma embolia cerebral que lhe provocou danos irreversíveis.
Marchionne foi oficialmente afastado do comando do grupo FCA no passado sábado, quando o seu estado de saúde piorou. Mike Manley, CEO da Jeep até então, assumiu o comando do grupo e Louis Camilleri assumiu a liderança da Ferrari.
Chegou à Fiat em 2004, numa altura em que a fabricante de Turim perdia dois milhões de euros por dia e em que as suas acções se negociavam por 1,60 euros. Agora, 14 anos depois, as acções rondam os 16 euros e estima-se que a empresa possa acabar o exercício deste ano com uma liquidez de 4 mil milhões de euros.
Recorde-se que Marchionne, que era descrito por todos como alguém "viciado" no trabalho, já tinha anunciado que iria renunciar ao cargo de CEO do Grupo Fiat Chrysler Automobiles em 2019 e de CEO da Ferrari em 2021.