A contabilidade não inclui o último mês de 2022 mas, de Janeiro até Novembro, foram passadas 1,1 milhões de multas de trânsito, indicou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) esta sexta-feira.
É um aumento de 4% face aos primeiros 11 meses de 2021, segundo o relatório de sinistralidade e fiscalização rodoviária divulgado pela agência Lusa.
Foram fiscalizados 118,2 milhões de veículos naquele período, com o excesso de velocidade e de álcool a terem o grosso das infracções.
Para o aumento do número de multas contribuiu também o sistema de radares de controlo de velocidade gerido pela ANSR.
Foram detectadas 400.141 infracções de Janeiro a Novembro de 2022, um aumento de 20,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a ANSR, no total foram registadas 744.219 infracções por excesso de velocidade até Novembro, correspondente a uma subida de 18,5%.
Todavia, a condução sob efeito de álcool foi a contra-ordenação que evidenciou o aumento mais expressivo (+32,9%), ao serem detectadas 27.390 situações de infracção à lei.
A Segurança Rodoviária justifica o aumento das multas por álcool ao volante, "em grande medida, como consequência da queda acentuada do ano anterior".
No ano passado, verificou-se igualmente uma subida ligeira das infracções por falta de seguro automóvel (+2,5%), num total de 15.503.
Em relação à criminalidade rodoviária, medida em número total de detenções, a ANSR indica que aumentou 22,7% de Janeiro a Novembro de 2022 face ao mesmo período de 2021.
Foram detidos 28,4 mil condutores, devendo-se em 54,7% à condução sob o efeito do álcool, e 33,8% por falta de habilitação legal para conduzir.
O relatório refere também que o número de condutores que perderam pontos na carta de condução foi de 517,2 mil até final de Novembro de 2022.
Desde Junho de 2016, quando entrou em vigor o sistema de carta por pontos, 2.363 condutores já ficaram sem o título de condução.
O documento da ANSR indica ainda que, de Janeiro a Novembro de 2022, registaram-se 31.600 acidentes com vítimas, que provocaram 430 mortos, 2.260 feridos graves e 37.006 feridos ligeiros.
Face a 2019, ano que a Comissão Europeia considera como base de referência para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviária na presente década (critério que também foi adoptado em Portugal), registaram-se menos 2.518 acidentes (-7,4%), menos 50 vítimas mortais (-10,4%), menos 83 feridos graves (-3,5%) e menos 4.206 feridos ligeiros (-10,2%).
A ANSR acrescenta que, face ao período homólogo de 2021, observaram-se aumentos em todos os principais indicadores.
Até Novembro do ano passado recitaram-se mais 3.702 acidentes (+14,0%), mais 63 vítimas mortais (+17,6%), mais 171 feridos graves (+8,9%) e mais 4.458 feridos ligeiros (+14,4%).
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