Este é o primeiro fim-de-semana das férias de Verão propriamente dito, e, se esta jornada de carro já não é a aventura dramática que era há umas décadas atrás, mesmo assim nunca é de somenos preparar a viagem de forma atempada.
É aquela revisão a "olho" que qualquer automobilista deve fazer antes de iniciar uma viagem mais longa do que o habitual, desde que a manutenção periódica do automóvel seja feita dentro dos prazos definidos pela marca.
O sistema de travagem não é algo que possa ser o condutor a corrigir, mas de certeza que muito antes de pensar a jornada, já sabe se os travões estão a actuar de forma efectiva.
Verifique se a pressão dos pneus é a correcta, tendo em atenção que terá de enchê-los mais para suportar a carga com que irá viajar, assim como o sistema de iluminação do veículo.
E, nestes dias que se querem de sol e calor, mas que teimam em não assentar arraiais no nosso país, inspeccione os níveis do óleo e do líquido de refrigeração, já que vão ter um papel redobrado durante o percurso.
Outro ponto importante (e tantas vezes esquecido) a rever é o estado do ar condicionado. Em dias de canícula, o habitáculo rapidamente se transforma numa sauna para os passageiros.
É, talvez, a única situação que obriga a levar o carro a uma oficina especializada para verificar se o sistema não tem fugas e, não raras vezes, substituir o fluido de refrigeração.
Uma limpeza geral, principalmente dentro do habitáculo, também irá tornar a viagem uma experiência mais agradável para toda a família
É uma frase tantas vezes repetida mas que se costuma ignorar: preparar a viagem de forma atempada para não haver esquecimentos de última hora.
Primeiro ponto que logo se verifica: há milhares de pessoas que tiveram a mesma ideia que os nossos leitores para se fazerem à estrada neste fim-de-semana.
É também nesta altura do ano que percebemos que os automobilistas devem ter uma qualquer ligação telepática entre eles, que os leva a ocuparem, à mesma hora, as principais vias de saída das grandes cidades.
Provavelmente, é pelo calor humano que se sente nestas reuniões ocasionais, abrilhantadas pelos fumos de escape, ou pelo prazer de tornar a viagem ainda mais enfadonha.
Qualquer condutor conhece os sucessivos "pára-arranca" do trânsito, seguidos de acelerações extremas quando se tem terreno livre, para depois pisar freneticamente o pedal de travão para não se enfaixar nos carros que circulam em velocidade lenta mais à frente.
Além disso, há sempre uma estranha tentação para circular mais depressa, de maneira a recuperar o tempo perdido nestas situações.
É sabido que as autoridades policiais adoram estes condutores mais "excitados", e têm diversas maneiras de lhes travar esses ímpetos, principalmente com radares.
Imagine agora o que acontece se, depois de mandá-lo parar, o agente verifica que os ocupantes, principalmente os dos bancos traseiros, não trazem os cintos de segurança colocados?
Se calhar, será uma boa ideia escolher uma hora em que o tráfego é mais reduzido e, principalmente, escolher rotas alternativas.
É muito provável que seja obrigado a conduzir mais alguns quilómetros mas ganhará a aposta se fizer a viagem em menos tempos e com a mente mais tranquila.
Manter as crianças ocupadas e entretidas durante uma longa viagem pode ser a diferença entre chegar ao destino com a sanidade mental ainda intacta ou numa pilha de nervos, pronto a "disparar" em todas as direcções.
Não se quer, como é óbvio, começar as férias com uma discussão em família, por isso, se tem filhos, é uma boa ideia levar livros para colorir ou deixá-los brincar com os jogos de um ‘tablet’ ou de um ‘smartphone’.
Algo a que não se costuma dar atenção é verificar se esses dispositivos electrónicos estão com as baterias carregadas e se se leva o conector próprio para os carregar pela ficha do isqueiro do carro.
E, em jeito de segurança, para não se sentir nos ouvidos a ave canora em que as gargantas dos mais novos se transformam quando estão irritados, descarregue no seu telemóvel alguns jogos para os entreter.
Fazer paragens de duas em duas horas em viagens longas é mais do que aconselhável, é uma obrigação!
A fadiga ao volante é uma das principais causas de acidentes na estrada, ganhando contornos preocupantes quando se tratam de percursos que o vulgar automobilista não costuma fazer com regularidade.
É incrível o que uma sesta de 15-30 minutos pode fazer para manter o condutor em estado de alerta numa jornada longa.
Muitas vezes, sente-se que uma ou duas chávenas de café podem fazer essa diferença, mas esse "mito" cada vez mais urbano não se verifica quando se pretende uma condução segura.
Ah, e como estamos a falar das viagens feitas em pleno Verão, nunca é demais alertar para ter sempre à mão garrafas de água para matar a sede, e alguma fruta e comida ligeira para o estômago não ser demasiado castigado.
Se o seu carro está equipado com os vários sistemas de assistência ao condutor que já se tornaram vulgares – alertas de colisão frontal e/ou de saída de faixa,e posicionamento do ponto cego, entre outros – verifique se todos estão ligados.
Como o nome indica, esses sistemas destinam-se a tornar a jornada o mais segura possível estar, por isso use-os!
Seja a falar ao telemóvel, mesmo com o sistema "mãos livres" ligado, seja em conversa com os outros ocupantes do veículo, evite este tipo de distracções.
Basta recordar que tirar os olhos da estrada por apenas dois segundos, a uma velocidade de 100 km/hora, corresponde a 55 metros percorridos até pisar o pedal de travão.
A solução é simples: faça de conta que "perdeu" o telemóvel ou que ele ainda não foi inventado, e faça dos seus companheiros de jornada os seus telefonistas!
Chegado ao destino, poderá chegar à conclusão de que, se calhar, nunca teve uma jornadatão descansada ao seguir estas premissas. Boa viagem!