A próxima semana deverá arrancar com novo aumento dos preços dos combustíveis nos postos de abastecimento, de acordo com os cálculos do Jornal de Negócios.
A gasolina simples 95 deverá subir quase dois cêntimos, para os 1,726 euros por litro. O gasóleo simples afina pelo mesmo diapasão, com o aumento previsível de dois cêntimos, para chegar aos 1,531 euros por litro.
Será o 36.º aumento da gasolina simples 95 em 43 semanas, exemplificado nos 31 cêntimos que já subiu desde Dezembro do ano passado.
No caso do gasóleo simples, é a oitava semana consecutiva de aumento deste combustível, sendo 26 cêntimos mais caro desde o primeiro dia deste ano.
O diário de economia indica que a crise da energia no planeta tem impulsionado os preços do petróleo para valores máximos, principalmente por outras fontes de energia não conseguirem responder à procura global.
O preço do Brent, que é referência para o nosso país, subiu quase 3% esta semana, naquele que é o sexto aumento consecutivo.
O valor do barril está perto dos 85 dólares (cerca de 73 euros), correspondente a novos máximos em perto de três anos.
Entretanto, o grupo "Greve aos Combustíveis", criado há 48 horas no Facebook e que já tem mais de 276 mil membros, avançou com a marcação de um boicote ao abastecimento para esta sexta-feira.
É a primeira de quatro greves marcadas, com as restantes agendas para 21, 22, 28 e 29 de Outubro. Os automobilistas nacionais têm mostrado a sua indignação pela escalada dos preços dos combustíveis nas redes sociais.
Recorde-se que, na quarta-feira, um posto de abastecimento de Beja apreçou em dois euros o litro da gasolina 98, tendo sido a primeira vez que o combustível ultrapassou essa barreira.
Os cálculos do Jornal de Negócios baseiam-se na evolução dos preços dos dois derivados do petróleo e do euro.
Contudo, é preciso ter em conta que o custo dos combustíveis depende sempre de cada posto de abastecimento, da zona onde ele se encontra e da marca.
Os preços têm em conta as variações calculadas face ao preço médio praticado no país esta semana, e anunciado pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Os cálculos têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas, ainda que a evolução costume ser semelhante.
Os dados disponíveis para o matutino de economia só estão disponíveis até quinta-feira, quando falta um dia de negociação.
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