A venda de automóveis na Europa registou em 2020 uma queda "sem precedentes", num ano marcado pela pandemia da Covid-19.
Segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA), foram vendidos menos de 10 milhões de veículos.
"O mercado de automóveis de passageiros entrou em colapso, [caindo] 23,7% para 9.942.509 veículos como resultado da pandemia", correspondente a menos 3 milhões do que em 2019.
Este é o valor mais baixo desde que os registos começaram a ser feitos em 1990, apontou esta terça-feira a ACEA no comunicado divulgado pela agência Lusa. .
"As medidas tomadas contra a pandemia, incluindo a contenção rigorosa e outras restrições ao longo do ano, tiveram um impacto sem precedentes nas vendas de automóveis na União Europeia".
No entanto, após uma Primavera desastrosa e vários meses de altos e baixos, Dezembro foi um dos melhores meses do ano, com uma queda de apenas 3,3%.
Ao longo de 2020, "todos os 27 mercados da União Europeia registaram quedas de dois dígitos", salienta a associação. europeia.
Entre os maiores mercados, a Espanha registou a maior queda (-32,3%), seguida pela Itália (-27,9%), França (-25,5%), Polónia (-22,9%) e Bélgica (-21,5%).
Também a Alemanha, o maior mercado da Europa, teve uma quebra de vendas (-19,1%), tal como os Países Baixos (-19,5%).
No Reino Unido, agora separado da União Europeia pelo Brexit, as vendas caíram 29,4%, de acordo com a ACEA.
No nosso país, o ano que agora findou registou uma queda global de 33,9% em relação a 2019, com apenas 176.992 veículos novos ligeiros e pesados vendidos. Só em Dezembro, essa quebra chegou aos 19,4%, correspondente a 18.290 viaturas.
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