A Stellantis teve uma margem operacional de 11,8% e um resultado líquido de 13,4 mil milhões de euros, no seu primeiro ano de actividade.
O anúncio dos resultados financeiros do exercício de 2021 foi feito esta quarta-feira pelo grupo automóvel.
O resultado operacional ajustado quase duplicou para 18 mil milhões de euros, com uma margem de 11,8%, e com todos os segmentos rentáveis.
Os fluxos de caixa industriais, proveniente das actividades operacionais, atingiram 6,1 mil milhões de euros. Este valor foi impulsionado, principalmente, por uma forte rentabilidade e por sinergias líquidas de tesouraria.
A forte execução de sinergias permitiu chegar aos 3,2 mil milhões de benefício líquido, com a liquidez industrial disponível a chegar aos 62,7 mil milhões de euros.
O dividendo ordinário a pagar, de 3,3 mil milhões de euros, está ainda sujeito à aprovação dos accionistas. Em todos os países onde a Stellantis está presente, os empregados vão beneficiar, desde o primeiro ano, dos resultados do grupo.
São 1,9 mil milhões de euros a serem redistribuídos, mais 770 milhões de euros do que o montante acumulado redistribuído no exercício de 2020 por cada uma das anteriores empresas.
A política de remunerações e benefícios da Stellantis visa elevar o compromisso dos colaboradores através de uma abordagem "remuneração pelo desempenho.
"Os resultados recorde comprovam que a Stellantis está bem posicionada para apresentar um forte desempenho, mesmo nos ambientes de mercado mais incertos" sublinhou Carlos Tavares, presidente do grupo.
Recorde-se que, em 2021, a Stellantis lançou para o mercado mais de uma dezena de novos modelos.
Entre eles contam-se os Citroën C4, Fiat Pulse, DS 4, Jeep Grand Cherokee e Wagoneer, Maserati MC20, Opel Mokka, Opel Rocks-e e Peugeot 308.
O grupo acelerou a sua dinâmica comercial na venda de veículos de baixas emissões, incluindo furgões médios a pilhas de combustível a hidrogénio.
As vendas mundiais destes modelos chegaram às 388 mil unidades, correspondente a um aumento de 160% em termos homólogos.
Estes números permitiram à Stellantis confirmar a sua forte posição no mercado mundial de veículos comerciais, ao liderar os mercados da União Europeia (UE30) e da América do Sul.
Alcançou ainda o seu maior volume de vendas de sempre de pick-ups a nível mundial, com cerca de 1 milhão de veículos vendidos.
Na América do Norte, o Jeep Wrangler 4xe foi o híbrido plug-in mais vendido a particulares em 2021.
Na América do Sul, o grupo foi líder de mercado com uma quota de 22,9%, e líder no segmento de veículos comerciais, com uma quota de 30,9%.
Na Europa alargada (UE30), a Stellantis liderou o mercado de veículos comerciais com uma quota de mercado de 33,7%.
Os Peugeot 208 e 2008 foram os modelos mais vendidos no mercado UE30 nos respectivos segmentos.
No Médio Oriente e África, as entregas consolidadas aumentaram 6%, tendo a quota de mercado aumentado na maioria dos principais mercados face a 2020.
Na Índia e Ásia-Pacífico, o grupo prepara-se para lançar o novo Citroën C3, desenvolvido e produzido na Índia.
Já na China, a Dongfeng Peugeot Citroën Automobile Co. Ltd mais do que duplicou o volume anual de vendas em relação a 2020, com 100 mil unidades.
A Stellantis tornou-se ainda a quarta maior distribuidora de peças de reposição do mercado independente chinês, com um aumento de 30% nas vendas.
A quota de mercado global da Maserati cresceu 2,4%, com a América do Norte e a China a subirem 2,9% e 2,7%, respectivamente.
A Stellantis também tomou medidas importantes para fortalecer as suas operações de financiamento global nos EUA, com a criação da Stellantis Financial Services US Corp.
Na Europa, estabeleceu parcerias de financiamento reforçadas com o BNP Paribas Personal Finance, Crédit Agricole Consumer Finance e Santander Consumer Finance.
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