A crise mundial dos semicondutores na indústria automóvel parece ter passado ao lado da Tesla, com a construtora a registar novo recorde trimestral de lucros.
A insígnia de Elon Musk teve um lucro de 1,62 mil milhões de dólares (cerca de 1,39 mil milhões de euros) no terceiro trimestre deste ano.
A anterior marca tinha sido registada no segundo trimestre de 2021, com 1,14 mil milhões de dólares de lucro, equivalente a 998 milhões de euros.
Os dados avançados pelo portal Automotive News salientam ainda que a Tesla bateu outro recorde. Foram 13,8 mil milhões dólares de receita (cerca de 11,86 mil milhões de euros) registados até ao terceiro trimestre deste ano.
Os resultados do últimos três meses seguem-se ao anúncio da marca, feita no início de Outubro, de que colocou 241.300 veículos eléctricos no mercado naquele período.
O novo recorde representa um aumento de 72% face ao número de viaturas entregues no período homólogo de 2020.
A fabricante automóvel vendeu quase 630 mil veículos ao longo deste ano, o que significa que já ultrapassou as 499.550 unidades vendidas em 2020.
Ainda com três meses pela frente até ao final deste ano, significa que aqueles números deverão ser pulverizados.
Estas marcas não significam que a Tesla tenha ficado imune à crise mundial de chips para automóveis, como a empresa comunicou aos seus accionistas.
"Uma variedade de desafios, que incluiu a escassez de semicondutores, o congestionamento nos portos, e blackouts contínuos, têm afectado a nossa capacidade de manter as fábricas a funcionarem a toda a velocidade".
Contudo, como o construtor também sublinha, conseguiu mover-se mais depressa do que os seus rivais ao procurar chips em fornecedores alternativos, e ao ajustar os códigos dos seus veículos para se adequarem a essas soluções.
O relatório financeiro do último trimestre realça também que a empresa ganhou 279 milhões de dólares (cerca de 240 milhões de euros) a vender créditos a outros fabricantes.
E, embora as vendas tenham crescido no terceiro trimestre, o preço médio de venda dos seus modelos teve uma queda de 6%, ao vender mais Model 3 e Model Y do que os mais dispendiosos Model S e Model X.
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