Portugal vai ter um laboratório de inovação para o 5G. Este espaço vai chamar-se 5G Hub e vai funcionar no edifício da Vodafone Portugal no Parque das Nações, em Lisboa.
Para testar as possibilidades da rede móvel do futuro, a empresa de telecomunicações assumiu uma parceria com a Ericsson Portugal, que acredita que a "Internet das Coisas" vai beneficiar das oportunidades do 5G, especialmente no que diz respeito à "redução de latência" (tempo que demora desde que damos um comando a um aparelho e este o executa) e "da duração de baterias", assume Luís Miguel Silva, presidente da empresa em Portugal.
"A internet das coisas e o 5g fazem parte da mesma discussão estratégica", admite, defendendo que esta tecnologia garante " conectividade fiável para processos exigentes", como a automação.
Carros autónomos e cirurgias à distância
Para demonstrar as possibilidades que o 5G tem em diversas áreas, foram dados exemplos da sua aplicabilidade no dia a dia, como a simulação de uma cirurgia em ambiente de realidade virtual e a condução remota de um carro, cujo cockpit estava instalado na sede da Vodafone mas circulava, comandado à distância, junto ao Pavilhão de Portugal.
O próximo teste da rede móvel de quinta geração será feito no Rock in Rio, que terá antenas "5G ready" que, em teoria, darão melhor sinal de rede móvel, com processamento de dados mais rápido e fiável, a quem for ao festival.
No entretanto, serão também instaladas antenas 5G em polos universitários pelo país , para que os alunos possam experimentar nesta nova rede sem terem de esperar que esteja disponível para o público em geral.
Portugal tem "objetivos ambiciosos" para a "inovação disruptiva"
O secretário de estado das Infraestruturas, Guilheres W. D'Oliveira Martins, também esteve presente, esta terça-feira, para ver as novidades e garantir que a inovação está nos planos prioritários do Governo.
"Podemos estar certos que a digitalização não será apenas uma tendência mas um vetor chave para a economia e para a criação de emprego qualificado", refere o secretário de estado, que quer que Portugal encare o desafio da digitalização e da inovação como líder, "acima das médias europeias".
"É importante persistir no esforço de investimento para nos mantermos sempre no topo da inovação. Queremos manter-ns na linha da frente", assegura.
"Não nos podemos poupar a esforços para desenvolver tecnologia que desenvolva a nossa economia e sociedade", admite, assegurando que Portugal tem "objetivos ambiciosos" para a "inovação disruptiva".